Se o tom de crítica já não deixava São Januário mesmo com a boa campanha no Campeonato Brasileiro, depois da goleada por 4 a 0 imposta pelo Bahia, neste domingo, a situação, claro, piorou. Durante todo o segundo tempo da partida, os torcedores do Vasco protestaram contra a atuação do time, elegendo como culpados o técnico Cristóvão Borges e o presidente Roberto Dinamite. Além de repetidamente xingados, a saída imediata de ambos era pedida.
Do lado de fora, um grupo de mais 200 pessoas se reuniu e estendeu os gritos de revolta. O ato, no entanto, foi pacífico e não houve registros de confusão. Alguns sócios do clube até se anteciparam a catástrofe e levaram ao estádio uma faixa exigindo mudanças. O policiamento foi reforçado em todos os setores, inclusive na saída do vestiários dos jogadores. Todos deixaram as dependências do estádio sem maiores dificuldades, segundo informações.
Contribuiu para o revés o fato de que Cristóvão teve nove desfalques. Ele optou por improvisar Fabrício na lateral e lançou dois recém-promovidos da base: Luan e Jhon Cley. O Gigante da Colina não sofria uma derrota tão larga em casa desde 2000, quando o São Paulo aplicou os mesmos 4 a 0. Na ocasião, contudo, o time já estava classificado para as quartas de final do Brasileirão que acabaria conquistando em janeiro de 2001, sobre o São Caetano.
No quarto gol do Bahia, o atacante Souza, criado na Colina, mostrou seu número e nome às costas, mas não foi capaz de causar hostilidade do público, que até o aplaudiu em ironia à própria equipe. Os únicos vascaínos em campo poupados foram Juninho e Tenorio.
Fonte: GloboEsporte.com