A situação deveria ser confortável para um clube que conta com quatro patrocinadores. No entanto, o impasse com a Eletrobrás faz com que o Vasco utilize com frequência os parceiros pontuais para aliviar os cofres e tentar compromissos definitivos. O problema com a estatal acontece em razão de o Cruzmaltino não possuir as certidões negativas de débito - pois ainda tem dívidas tributárias. Com isso, não recebe a verba anual de forma regular – pouco mais de R$ 16 milhões.
Além da Eletrobrás, o Gigante da Colina conta com os patrocínios da TIM e da BFG. A Penalty é a fornecedora de material esportivo. A estatal desembolsa cotas a cada seis meses. Como não pode ter acesso ao dinheiro, o Vasco se escora em uma ação do Sindicato dos Clubes para que os funcionários recebam os seus salários quando completam quase três meses de atraso. O desfalque faz falta aos cofres. Enquanto busca um novo patrocinador master, o clube tenta amenizar os danos com os parceiros pontuais.
O departamento de marketing utiliza a prática com mais ênfase desde o início do ano. Para as quartas de final da Copa Libertadores, contra o Corinthians, o clube acertou com a LDU Lâmpadas e a Total Lubrificantes. A construtora Mills também já teve sua marca na camisa vascaína, na semifinal da Taça Rio, contra o Flamengo. Recentemente, a dupla sertaneja Henrique e Diego foi estampada no ombro, enquanto a empresa Leduca esteve presente na barra da camisa nos jogos contra Grêmio e Portuguesa pelo Brasileiro.
O Vasco tentou, mas nenhuma das empresas firmou a parceria definitiva. Nos bastidores, alguns conselheiros questionam a estratégia. Eles alegam que o clube fatia a camisa e não resolve o seu problema. Diretor executivo de marketing, Marcos Blanco defendeu o método e alegou que a marca Vasco está constantemente no mercado. A ideia é fechar em breve acordos longos para mangas e barra da camisa.
“Procuramos fechar sempre os acordos de forma permanente. A nossa intenção é vender esses espaços pelo período de um ano. Você fecha um pontual e depois amplia a participação. Não dá para dizer quando vamos conseguir fechar o que desejamos. Mas isso tudo mostra que o clube está no mercado. Vemos de outra forma. Conseguimos negociar contratos melhores assim. No entanto, existem as dificuldades de meio de temporada e o orçamento fechado para este ano. Prospectamos as coisas pensando no futuro do clube”, explicou o dirigente.
Fonte: UOL