A torcida esperou muito tempo para ver finalmente Tenório como titular do Vasco no Campeonato Brasileiro. Mas valeu a pena. Na primeira vez em que o equatoriano começou jogando desde que se recuperou da ruptura completa do tendão-de-aquiles do pé direito, o time de São Januário mostrou que nem tudo está perdido nesta temporada.
Para começar, na partida contra a Portuguesa, o estilo de jogo do atacante solucionou um velho problema da equipe: o isolamento de Alecsandro no setor ofensivo. O camisa 9 teve o jogador praticamente ao seu lado durante todo o tempo em que estiveram juntos em campo. Além de ser uma nova opção para tabelar, Tenório dividiu a responsabilidade de brigar com os zagueiros na grande área.
Em tempos de instabilidade da equipe e impaciência da torcida, o gringo tem na experiência um diferencial escasso entre os jogadores de frente do Vasco. Com 33 anos e a participação em duas Copas do Mundo no currículo, Tenório engole os concorrentes William Barbio e Pipico no quesito. Até mesmo Eder Luis não possui a mesma rodagem do que o Demolidor.
O técnico Cristovão Borges reconheceu a importância da alteração na rodada do fim de semana:
– Todas as possibilidades têm que ser levadas em conta. O campeonato é muito longo, o desgaste é grande, mas a presença do Tenório nos dá maior poder de fogo. A equipe fica mais forte ofensivamente. No futebol, nada é definitivo, há muitas alternâncias, mas a entrada dele foi importante.
MÉDIA DE GOLS
Tenório marcou sábado seu terceiro gol com a camisa do Vasco em nove partidas disputadas. Mesmo atrapalhado pelas lesões, o atacante possui média razoável quando se é levado em consideração apenas os minutos em que equatoriano esteve em campo. Titular em apenas três partidas na temporada, Tenório tem um gol marcado a cada 118 minutos em campo.
DUPLA PÔS FIM A JEJUM
Com os gols marcados na vitória do Vasco por 2 a 0 sobre a Portuguesa, Alecsandro e Tenório puseram fim a um jejum que durava desde a oitava rodada. Foi na partida contra a Ponte Preta, vencida pelo Gigante da Colina por 3 a 2, que uma dupla de ataque cruz-maltina havia feito gols na mesma partida pela última vez.
Na ocasião, Alecsandro e Eder Luis balançaram a rede. O camisa 9, por sinal, também encerrou uma escrita pessoal. Há oito rodadas que ele não marcava no Campeonato Brasileiro.
– Isso foi muito importante. Ele é um artilheiro e está acostumado a fazer gols. Vivemos uma sequência ruim, todos nós sofremos e o Alecsandro, como artilheiro, também. Marcar gols faz com que ele retome a confiança. Ela é muito importante no futebol – disse Cristovão Borges.
Fonte: Lancenet