Os motivos são distintos, mas as críticas sobre Maurício Assumpção, Patrícia Amorim e Roberto Dinamite não são poucas, ganhando ainda mais força nos últimos meses. O estopim para as manifestações contrárias às decisões do trio começou com o resultados no campo e, principalmente, com o planejamento que vem guiando Botafogo, Flamengo e Vasco neste Campeonato Brasileiro.
O coro contra as decisões tomadas pelo trio surge como um dos motivos para a fraca campanha de alvinegro e rubro-negros, e para a queda de cruz-maltinos no campeonato nacional. Em contrapartida, Peter Siemsen segue com o bom trabalho à frente do Fluminense, frequentador assíduo das primeiras posições nos torneios em que disputa, mas muito em função do forte investimento feito pela parceira Unimed.
SEM PLANEJAMENTO
No caso Alvinegro, a indignação da torcida se dá pelo fato do Glorioso, mais uma vez, ver as chances de conquistar um título na temporada ou uma vaga para a Copa Libertadores se tornarem um sonho, até mesmo, para o botafoguense mais esperançoso. Título do Carioca perdido na final para o Fluminense, fraca campanha na Copa do Brasil, eliminação para o Palmeiras na Sul-Americana e a irritante inconstância no Brasileirão, que sofreu mais um baque com a derrota desta quinta-feira, para o São Paulo, por 4 a 0, no Morumbi.
E o dedo dos alvinegros está apontado para o planejamento da equipe. Mesmo com a chegada de Seedorf, a diretoria não conseguiu a manutenção de peças importantes da equipe, como Loco Abreu, Herrera e Maicosuel. Além de perder jogadores importantes em função de graves lesões, caso de Marcelo Mattos e Lucas Zen, titulares no meio de campo. Contratações como Lennon, Lima, Amaral e Rafael Marques chegaram e não deram o resultado esperado.
POLÍTICA FERVE
O caso Rubro-Negro envolve, além a questão dos resultado dentro de campo, o âmbito político, que ferve o ambiente no clube em ano eleitoral. Diante do fraco desempenho do Flamengo na Copa Libertadores e a crise iniciada com a rescisão de contrato de Ronaldinho Gaúcho, culminando em pendências judiciais, as críticas sobre Patrícia Amorim foram aumentando gradativamente.
Em campo, dois treinadores 'fritados', segundos os mesmo, pela administração da atual presidente. Fora dele, rotação no comando do futebol, culminando na chega de Zinho, atual diretor de futebol, que hoje tentar acalmar os ânimos no clube. Membros da oposição chegaram a pedir a cabeça da presidente iniciando um processo de impeachment. Há poucos meses da eleição para presidente do clube, Patrícia ainda não confirmou sua candidatura, mas garantiu que estará no processo, seja como candidata ou indicando um sucessor.
SEM REPOSIÇÃO
Já Roberto Dinamite, vive dias conturbados em um mês de agosto que todo vascaíno gostaria de esquecer. Após a saída de quatro peças importantes no elenco cruz-maltino – Diego Souza, Fagner, Rômulo e Allan -, o time se vê em apuros para voltar a boa fase no Brasileirão e as críticas sobre o mandatário recaem na forma de gerir o departamento de futebol e selecionar os profissionais que comandam o setor.
Nesta quinta-feira, um grupo que representa a torcida vascaína, a ASTOVAS, divulgou uma carta questionando diversos pontos que permeiam a administração de Dinamite, já em seu segundo mandato. Um dos mais criticados pelos torcedores é o diretor de futebol do clube, Daniel Freitas, que substitui Rodrigo Caetano. Para muitos, Freitas não tem a experiência necessária para gerir um clube como o Vasco. Além disso, a reposição feita pelo Gigante da Colina para a saída de jogadores ficou longe do esperado, sendo um dos motivos para queda dentro de campo.
BLINDADO PELA PARCEIRA
Pelos lados das Laranjeiras, Peter Siemsen não tem do que reclamar, se comparados aos colegas de função. O presidente do Fluminense completa dois anos à frente do clube, protegido pelos resultados dentro de campo e pelo apoio da parceira Unimed.
Com um grande elenco à disposição da comissão técnica, Simsen teve aporte financeiro para correr atrás de grandes reforços, como o meia Thiago Neves, além de fortalecer ainda mais a cúpula de futebol, tirando Rodrigo Caetano do Vasco e o nomeado como novo diretor-executivo do clube.
Fonte: Lancenet