Vasco enfrenta adversários da parte de baixo da tabela e quer engrenar

Sexta-feira, 31/08/2012 - 10:02

Se depois de toda tempestade vem a bonança, no caso da história deste Campeonato Brasileiro, o Vasco pode sonhar que a recuperação aconteça já na sequência de jogos a partir deste sábado. Três das últimas cinco rodadas do jejum de vitórias reservaram duros confrontos com Atlético-MG, Fluminense e Grêmio, que estão à frente. Agora, a começar pela Portuguesa (13ª colocada), em São Januário, o time vai enfileirar rivais em pior situação na tabela. Náutico (nono), Bahia (16º) e Palmeiras (17º) são os compromissos até o meio de setembro. Mas, sob o discurso do equilíbrio da competição, o técnico Cristóvão Borges é cético.

- Não acredito muito nisso, não. Todas as partidas têm mostrado uma dificuldade grande. Claro que enfrentamos equipes com moral agora, disputando as primeiras posições, mas o campeonato é desse jeito, muito equilibrado. Temos exemplos de situações em que a posição não faz diferença. Podemos fazer isso ter efeito, mas passa pela primeira vitória para quebrar a sequência. A Portuguesa tem mostrado que é forte, vem vencendo alguns jogos e precisamos de muito cuidado para não sermos surpreendidos de novo - afirmou.

De fato, a equipe dirigida por Geninho derrotou o Palmeiras por 3 a 0, na última quarta, no Canindé, e já aprontou para cima do Grêmio, no início do mês. O Náutico vem em ascensão - não perde há quatro partidas -, o Bahia passou pelo Santos, na Vila Belmiro, e o Palmeiras foi o responsável pelos primeiros pontos perdidos do Vasco na competição, no empate em 1 a 1.

O goleiro Fernando Prass aponta que a sequência que engloba São Paulo, Santos, Botafogo, Inter e Corinthians, em outubro, pode ser mais complicada até do que a que reduziu o aproveitamento de cerca de 75% para 58,3%. Com isso, pontuar agora se torna fundamental para chegar em alta frente a esses adversários de peso, já num princípio de reta final.

- No meio do turno tivemos a "sequência da morte", mas fizemos 11 pontos em cinco partidas. O aproveitamento foi excelente e podemos repetir. Agora, enfrentamos equipes que não estavam tão bem, como o Flamengo e Coritiba. Em termos de classificação, talvez aquela tenha sido mais puxada. Precisamos encaixar as vitórias, mas tomar cuidado também, porque em nenhum outro país o lanterna, como era o Atlético-GO, empata com times como Palmeiras ou Corinthians e faz o jogo duro que fez com a gente aqui. Não dá para se guiar só por isso - acredita.

O camisa 1 ainda reforçou o pedido de poucas palavras externas e muita conversa no clube.

- A rodada, tirando o nosso resultado, teria sido boa para gente. Diminuir a diferença e, projetando o futuro, são três dos quatro jogos em casa. Mas não tem que ficar falando muito, tem que discutir internamento o que deve ser feito, e a realidade é trabalhar para que as coisas voltem a acontecer bem. Faltam detalhezinhos de sorte, definir melhor as jogadas, porque não estamos sendo dominados. É ter cabeça fria e trabalhar bastante - ensinou.

Para o meia Felipe, o Vasco não pode pensar em facilidade, diante da crise técnica.

- Todos os jogos são difíceis, principalmente agora. O principal é falar pouco e trabalhar para tentar sair dessa situação - resumiu o camisa 6, no desembarque da tarde de quinta.

Fonte: GloboEsporte.com