A recente onde de violência entre torcidas no futebol carioca segue mobilizando a Polícia Civil do Rio de Janeiro. Nesta quarta-feira, um encontro reuniu representantes da Federação das Torcidas Organizadas do Rio de Janeiro (FTORJ) e da Polícia, com intuito de “trocar informações” no combate à violência. A reunião foi um pedido da próprioa Federação.
Durante a reunião, foi agendado para o próximo dia 11 a realização de um seminário voltado para torcedores, com intuito de mostrar aos torcedores a forma como a Polícia Civil vem agindo em relação aos crimes praticados por estes grupos. No último fim de semana, 23 integrantes da facção “Young Flu” foram levados à penitenciária Bangu 2, na zona oeste do Rio, após serem flagrados agredindo dois vascaínos na estação de trem do Engenho de Dentro. Eles foram autuados por lesão corporal, formação de quadrilha e corrupção de menores, já que havia adolescentes no grupo. Três deles ainda vão responder por roubo.
“O que a delegada da 24ª DP, Cristiane Carvalho, fez ao prender esses 21 torcedores do Fluminense foi um divisor de águas. É um marco que vai nortear a partir de agora o trabalho da polícia. Hoje a Polícia Civil está dizendo que não vai mais aceitar esse tipo de atitude, que o torcedor está cometendo um crime e que vamos usar o código penal em toda a sua plenitude”, disse a chefe da Polícia Civil Martha Rocha.
No último dia 19, o torcedor do Vasco Diego Martins Leal foi morto a tiros por integrantes da Torcida Jovem do Flamengo. Dois suspeitos foram presos. Na ocasião, Martha Rocha enviou representação para a Procuradoria Geral de Justiça para que sejam adotadas medidas restritivas contra integrantes da torcida, como a suspensão ou impedimento da entrada da Jovem Fla em estádios de futebol do Estado do Rio de Janeiro. A Justiça já havia decretado o banimento da Força Jovem do Vasco por seis meses dos estádios cariocas pelo assassinato de Bruno de Santa Ana Saturnino, em maio.
Fonte: ESPN.com.br