Cristóvão Borges sempre diz que os jogadores o carregaram ao sucesso como treinador do Vasco, após o baque com o AVC sofrido por Ricardo Gomes, há exatamente um ano. Os principais responsáveis por isso são os mais experientes, que "compararam o barulho" e, mesmo com a vaga na Libertadores deste ano garantida, lutaram até o fim pelo título brasileiro. Juninho enalteceu a marca atingida pelo chefe e crê que a conquista não vai demorar a sair.
- Acho que a avaliação é positiva, independemente de não ter conquistado um título ainda. Falam mal disso, mas estar ficando no quase é muito mais próximo de conseguir uma vitória do que aqueles que estão longe das finais. Por todas as dificuldades, ter mantido o Vasco competitivo e disputando as primeiras posições é louvável. Aqui, infelizmente, treinador é avaliado por semana, e não por temporada, como deveria ser - comentou o camisa 8, em referência sobre as críticas eventuais da torcida, apesar do alto número de vitórias.
Para o Reizinho, mesmo que não estenda sua permanência em São Januário no futuro, Cristóvão passou a ter um mercado certo para manter seu trabalho em alto nível no país.
- Acho que ele não pode ser mais assistente de nenhum treinador, mesmo sendo um grande nome. O mercado está abeto para ele, por ter feito o que fez, chegou de uma forma que não deve sair mais. Se ele tem essa preocupação, não deveria. Vai ter um projeto bacana para assumir. Infelizmente só não dá para garantir que seja até se aposentar - apontou.
A suspensão do meia, que vinha atuando em sequência há sete rodadas, vai mexer na forma de jogar do time contra o Grêmio, nesta quarta, no Olímpico. Na última rodada, porém, Juninho ficou chateado com os lances polêmicos e descontou na inércia do clube e do próprio técnico, que evita se alterar sobre arbitragem e não gosta de relacioná-la à falta de resultados. Antes da viagem, Cristóvão voltou ao assunto e argumentou que não notou falta de hierarquia no caso.
- Não acho ruim, porque é liberdadade de expressão. Não gosto que isso interfira na hierarquia e no respeito ao trabalgo, isso não vou permitir. Mas manifestação de pensamento, como essa, não tem problema, porque também me posiciono e defendo o que eu acredito.
O treinador ainda rebateu àqueles que não esperavam o desempenho de Juninho aos 37 anos.
- Muita gente questionou na época (a renovação de contrato), mas digo a ele e a todos. Pelo bem do futebol, prolongamos a carreira do Juninho. Está jogando no mais alto nível e vai ficar assim por mais tempo. Muita gente procurava o Juninho no campo, e ele estava fazendo trabalhos especiais para acontecer o que está acontecendo agora - frisou.
Fonte: GloboEsporte.com