A assessoria de comunicação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) informou que a Torcida Jovem do Flamengo (TJF) vai ser impedida de frequentar os estádios de futebol do estado. Integrantes da TJF são investigados pelo assassinato de Diego Leal, torcedor do Vasco, de 30 anos, que foi morto após uma briga com flamenguistas, no dia 19 de agosto. A reportagem do G1 entrou em contato com a TJF pelo telefone, mas um integrante da torcida, que atendeu ao telefone, não quis dar informações e desligou.
O MP-RJ trabalha com a hipótese de o assassinato de Diego Leal ter sido um ato de vingança pela morte de um torcedor do Flamengo em maio deste ano. Na ocasião, o flamenguista Bruno de Santana Saturnino teria sido reconhecido por vascaínos como integrante da TJF. Ele foi agredido e morreu dias depois no Hospital Salgado Filho, no Méier, subúrbio do Rio, por traumatismo craniano.
Já o vascaíno Diego Leal foi morto a tiros e facadas em Tomás Coelho, na Zona Norte do Rio de Janeiro, antes do clássico entre Flamengo e Vasco, no estádio do Engenhão. Dois suspeitos de assassinar o vascaíno foram presos.
Na agressão a Leal, torcedores do Flamengo no entorno teriam gritado seguidamente “bonde do feio”, em alusão ao apelido de Bruno Saturnino. O Ministério Público ainda investiga se o crime foi ato coletivo de vários membros da TJF.
A chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Martha Rocha, entrou com representação na Procuradoria Geral de Justiça do Ministério Público para suspender a entrada da torcida Jovem Fla nos estádios. O motivo foi a morte de Diego Leal. Para a delegada, a medida evitará novos confrontos.
Na última terça-feira (21), o MP suspendeu a torcida organizada Força Jovem, do Vasco, de frequentar estádios por seis meses, por conta da morte de um torcedor do Flamengo em maio. Bruno Saturnino era integrante da torcida Jovem Fla.
Fonte: G1