Vasco muda esquema tático, privilegia lado direito e abusa das bolas aéreas

Domingo, 26/08/2012 - 13:34

Quando decidiu mudar o Vasco ofensivamente mais uma vez, Cristóvão Borges tinha objetivos que não foram concretizados no clássico contra o Fluminense, sábado, no Engenhão. Esperou que a individualidade de Carlos Alberto poderia ser decisiva e lançou o meia-atacante com liberdade pelo lado esquerdo, sacando Felipe. Mas a marcação tricolor obrigou os cruz-maltinos a serem mais efetivos pela direita, com William Barbio e Auremir, por onde nasceram 80% das jogadas, fazendo com que o time atuasse "torto".

Este é um dos exemplos que comprovam a incessante caça pelo encaixe de um novo esquema em São Januário, uma vez que o encanto parece ter sido perdido em julho, período até o qual o Vasco raramente sofria para derrotar os seus adversários. Até lá, a disputa com o Atlético-MG era cabeça a cabeça pela liderança - com a ajuda de quatro peças que foram vendidas: Fagner, Romulo, Allan e Diego Souza. Hoje, o Vasco é terceiro colocado, podendo terminar o turno em quarto e a até dez pontos de distância - e os mineiros ainda vão ficar um jogo a menos.

A formação do 4-2-1-3 foi efetiva, lembrou Cristóvão, ao conter muitas das investidas tricolores e dar à equipe um volume maior de jogo. Embora o resultado não tenha sido favorável.

- Estamos criando as oportunidades, mas não conseguimos concluir em gol. Chegamos perto, e nada. É uma dificuldade danada para fazer o gol nesse momento. Quando virar a fase, tudo vai mudar - aposta o treinador.

Para ilustrar o cenário, os números indicam que o Vasco foi 14 vezes à linha de fundo, enquanto o Fluminense foi apenas quatro. Destas, Auremir cruzou cinco bolas, mas só uma certa. Juninho, sozinho, tentou pelo alto 12 vezes, a exemplo da derrota para o Flamengo, no domingo passado, quando chegou a 17, um recorde na edição da competição. Conclusões certas, porém, foram quatro, com um gol contra marcado por Gum em dividida com Alecsandro. O lateral-esquerdo William Matheus não registrou um lance sequer deste tipo.

Opção para o segundo tempo, Tenorio obteve as mesmas três finalizações que Alecsandro, Juninho e Fellipe Bastos, que também entrou faltando menos de meia hora. A movimentação que o atacante equatoriano deu ao Vasco foi alvo de elogios de Cristóvão Borges.

- Isso foi positivo, como nós imaginávamos. O ensaio no treino foi bom e ficou comprovado que temos essa alternativa no jogo. Tenorio deu mais poder de fogo. Já havia acontecido em outros momentos em que ele entrou e impusemos mais perigo ao Fluminense.

Fonte: GloboEsporte.com