O Ministério Público do Rio de Janeiro trabalha com a hipótese de o assassinato do torcedor do Vasco Diego Leal, de 30 anos, após uma briga com flamenguistas no domingo (22), ter sido ato de vingança pela morte de um torcedor do Flamengo em maio deste ano.
Na ocasião, Bruno de Santana Saturnino teria sido reconhecido por vascaínos como integrante da Torcida Jovem Fla. Ele foi agredido e morreu dias depois no Hospital Salgado Filho, no Méier, subúrbio do Rio, por traumatismo craniano.
Já o vascaíno Diego Leal foi morto a tiros e facadas em Tomás Coelho, na Zona Norte do Rio de Janeiro, antes do clássico entre Flamengo e Vasco, no estádio do Engenhão. Dois suspeitos de assassinar o vascaíno foram presos.
No ato da agressão ao vascaíno no domingo, torcedores do Flamengo no entorno teriam gritado seguidamente “bonde do feio”, em alusão ao apelido de Bruno Saturnino. O Ministério Público ainda investiga se o crime foi ato coletivo de vários membros da Torcida Jovem Fla. Representantes da torcida foram procurados, mas não foram encontrados.
Nesta terça-feira (21), o MP anunciou a suspensão da torcida organizada Força Jovem, do Vasco, dos estádios por seis meses pela morte de Bruno Saturnino. Se a Jovem Fla for responsabilizada pela morte do torcedor do Vasco, a facção também pode ficar sem permissão de entrar em estádios pelo período de três meses a três anos.
Enterro de torcedor
O corpo de Diego Leal foi enterrado com camisa do Vasco nesta segunda-feira (20), no Cemitério de Inhaúma, subúrbio do Rio de Janeiro.
Cerca de 200 pessoas acompanharam a cerimônia de sepultamento do torcedor, que era publicitário. Integrantes de uma torcida do Vasco, todos descaracterizados, estiveram no enterro, mas preferiram não falar com a imprensa.
Fonte: G1