Os torcedores ainda entoavam o tradicional cântico “o Vasco é o time da virada”, mas acabaram sendo calados com o gol de empate do Coritiba aos 44 minutos do segundo tempo. Abatidos, os jogadores cruz-maltinos admitiram o vacilo na marcação.
– Não podia tomar esse gol. É aquela coisa. Eu tinha um treinador que dizia que depois de fazer o gol, os cinco minutos seguintes são os mais decisivos. Acho que esse foi o grande problema – disse Juninho Pernambucano, que ficou visivelmente chateado com o gol sofrido e chegou a dar socos no gramado.
O Reizinho também voltou a lembrar a impaciência da torcida do Vasco quando a equipe atua em São Januário, fato que chegou a atrapalhar o rendimento de alguns jovens:
– Começamos muito inseguros e acho que quando começa assim, o time sente a cobrança. Joguei muito tempo pelo Vasco e sei que com dez minutos, se o time não estiver bem, a torcida vaia e alguns jovens sentem.
O lateral-direito Auremir não escondeu que o empate foi decepcionante, principalmente pelo fato de que se vencesse, o Gigante da Colina ultrapassaria o Fluminense e assumiria a vice-liderança.
– Nossa obrigação era ganhar o jogo para diminuir a vantagem para o líder (Atlético-MG). Agora é trabalhar para domingo (contra o Flamengo, no Engenhão).
O atacante Alecsandro, pouco acionado em campo, mas que ameaçou com algumas cabeçadas, resumiu bem o sentimento dos jogadores na saída de campo.
– É difícil. Nós lutamos, fizemos o gol da virada e acabamos recebendo um balde de água fria – declarou o camisa 9, se referindo ao gol sofrido aos 44 da etapa final.
Fonte: Lancenet