Casaca divulga nota sobre penhora de jogadores por dívida com Romário

Sexta-feira, 17/08/2012 - 08:17

Cravo e rosa unidos fizeram sobrar ao Vasco apenas os espinhos

Diante da decisão judicial desta quinta-feira, dia 16/07/2012, em relação à cobrança de dívida por parte do ex-atleta Romário com relação ao Vasco, abaixo:

“Defiro a penhora sobre os direitos econômicos dos atletas Anderson Vital da Silva, Fellipe Ramos Ignez Bastos, Eder Luis de Oliveira e Nilton Ferreira Júnior. Intimem-se por mandado a CBF e a FERJ nos endereços indicados à fl. 246, comunicando da presente decisão e para que sejam adotadas as providências cabíveis no sentido de comunicar acerca da penhora aos eventuais Clubes que transacionarem com o executado o passe dos atletas acima referidos, bem ainda para que os valores da compra sejam depositados a disposiçao deste Juízo em conta judicial a ser aberta junto ao Banco do Brasil. Defiro, ainda a penhora sobre os valores decorrentes da cota dos Clubes do Campeonato Brasileiro de Futebol e demais créditos em dinheiro pertinentes ao réu. Intime-se a CBF por mandado, inclusive para depositar em favor deste Juízo em conta judicial junto ao Banco do Brasil os valores existentes. Defiro também a penhora dos valores decorrentes da cota de patrocínio. Intime-se a Eletrobrás, por mandado, no endereço indicado à fl. 44, inclusive para depositar em favor deste Juízo em conta judicial junto ao Banco do Brasil os valores existentes. Intime-se o executado, pelo D.O., na pessoa de seu advogado. Cumpra-se com urgência.”

A oposição do Vasco vem a público se manifestar e o faz nos seguintes termos:

1 – A dívida – exposta no balanço do Club de Regatas Vasco da Gama – desde 2001 foi confessada para feitura de um acordo em 2004 do Club de Regatas Vasco da Gama com o ex-atleta Romário. De 2004 a junho de 2008 o Vasco honrou o pagamento das parcelas acordadas, que eram repassadas diretamente do Clube dos 13 para o credor.

2 – Com menos de 15 dias úteis (ou inúteis) no poder a atual “gestão” retirou a dívida do balanço de forma irresponsável.

3 – Em abril de 2009, no entanto, a atual “gestão” considerou a dívida reconhecida, mesmo após fazer um ajuste nos valores do balanço apresentados até 30 de junho de 2008.

4 – No balanço seguinte, através de ação do Sr. Nelson Monteiro da Rocha, vice-presidente de finanças, o clube retirou a dívida do balanço, não tendo respaldo para tal atitude de poder algum do clube, com exceção do “presidente” Roberto Dinamite e sua diretoria.

5 – As contas do Vasco referentes aos anos de 2009 e 2010 não foram aprovadas pelo Conselho Deliberativo, que encerrou seu mandato em agosto de 2011. Isto não ocorreu em função de manobras da situação para impedir tal votação, chegando, inclusive a marcar reunião para tal fim em setembro de 2010 e (ela própria) impedi-la na Justiça, tendo se mantido favoráveis a isso ou silentes, ou ainda neutros, todos os grupos políticos do Vasco, com a exceção do CASACA!

6 – As contas do Vasco referentes a 2009 e 2010 foram à votação tão somente em outubro de 2011 e na ocasião o Conselho Deliberativo anuiu à proposta feita por Eurico Miranda em nome do Conselho De Beneméritos do clube, aprovando COM RESSALVAS os dois balanços, incluindo-se entre tais ressalvas, o reconhecimento das dívidas confessadas pelo clube referentes ao Grande Benemérito José Luis Moreira e O ex-atleta Romário

7 – Durante três anos e meio o ex-atleta Romário tentou por diversas vezes uma aproximação para acordo amigável, mas o Vasco se manteve inerte, através de seus “gestores”.

8 – Na última reunião do Conselho Deliberativo do Club de Regatas Vasco da Gama, ocorrida em dezembro do ano passado, a minoria, segunda colocada no pleito de agosto do ano passado, viciado desde a origem, fez inacreditável proposta ao Conselho Deliberativo, no sentido de que se retirasse da ata algo VOTADO por todos os presentes na reunião anterior, no que se referia ao reconhecimento da dívida confessada por parte do Vasco em relação ao Grande Benemérito do clube José Luis Moreira e o ex-atleta Romário.

9 – No início deste ano, após espera de quase quatro anos e várias notificações feitas ao Vasco ao longo deles, visando o pagamento por parte do clube do valor devido a ele Romário, o ex-atleta entrou na Justiça contra o clube. Uma dívida que estava sendo equacionada mês após mês, por quase quatro anos teve acréscimo na ordem de 40 milhões de reais aproximadamente.

10 – Este número, repetindo, cerca de R$40.000.000,00, é hoje, segundo decisão do juízo competente, devido pelo Vasco a Romário, além do valor que já se encontrara amortizado em junho de 2008.

11 – Há pouco mais de um mês o grupo ancilar da situação teimou em defender que não havia dívida, pois não havia documentos que a comprovassem, tal qual dizia a situação e seu corpo jurídico. Trocando passes, como de costume, as partes se entendiam e surgiu ainda a esdrúxula ideia de que Romário devolvesse o dinheiro recebido pelo Vasco, como se a dívida fosse fictícia.

12 – O golpe sofrido pelo Vasco, em função de toda essa irresponsabilidade, acarreta consequências sérias para a instituição, o que pouco importou, importa ou importará a dois grupos sedentos pelo poder e que se uniram, unem e se unirão em torno disso, num conluio evidente ou disfarçado, dependendo da situação e com ajuda escusa de “neutros”.

13 – A oposição do Club de Regatas Vasco da Gama, leia-se CASACA!, alertou desde o início, mais precisamente desde julho de 2008, primeiramente através de Eurico Miranda e, continuamente, através do nosso próprio grupo, junto ao atual presidente do Conselho de Beneméritos, do que acarretaria o não pagamento de tais dívidas confessadas, todas elas formalmente reconhecidas pelos Conselhos Fiscais dos respectivos mandatos: 2001/2003; 2004/2008; 2008/2011, bem como pelo Conselho Deliberativo do clube anterior a este de agora, bem como pelo Conselho de Beneméritos do clube, desde o início do século.

14 – A ação do Sr. Nelson Monteiro da Rocha, junto a Roberto Dinamite – e quem mais queira ser o pai da criança – foi freada pelo Conselho de Beneméritos do clube, em nome da instituição, de sua história centenária e de seus preceitos que a tornaram centenária, mas um Conselho Deliberativo forjado a partir de uma eleição viciada desde a origem modificou a decisão proposta pelo grupo ancilar, no caso, à atual situação – Cruzada Vascaína – e ainda, segundo texto reproduzido por ela própria, tendo a anuência de todos os que deste grupo participam e estavam presentes à reunião, com a exceção de um membro, explicitamente.

15 – Diante da desfaçatez como foi cometido um crime lesa Vasco por parte dos anuentes a tal proposta feita pelo grupo ancilar, cabe-nos, como oposição do Club de Regatas Vasco da Gama, denunciar ao público tais descalabros, a fim de que estes não permaneçam sendo cometidos contra o nosso clube, sem a repulsa dos vascaínos comprometidos com o futuro da instituição.

16 – Para finalizar, a direção do “novo” Vasco vai recorrer e tentar enrolar o máximo que puder, como faz com as eleições viciadas desde a origem e tendo como terceiro interessado o grupo ancilar, tão comprometido, como a própria gestão maldita, nesta empreitada de prejuízo ao Vasco e manutenção no poder dos que rebaixaram esportiva, moral e financeiramente o nosso clube, com uma dívida muito acima do que encontraram, mas hoje nem próxima do equacionamento; uma queda à segundona; opção por calotes de todas as ordens e a exposição do Vasco ao achincalhe, dado o tratamento que dispensa à base (crianças e jovens) cuspindo, com tal desídia e irresponsabilidade, na própria história do Vasco às vésperas de seu 114º aniversário.

CASACA!


Fonte: Casaca