Romário venceu um round da briga judicial com o Vasco, que, no entanto, está longe do fim. Nesta quinta-feira, a Justiça concedeu ao ex-jogador a penhora, em caso de uma possível negociação futura, de 5% dos direitos econômicos de quatro atletas cruz-maltinos: Dedé, Fellipe Bastos, Eder Luis e Nilton. Além disso, outras cotas de patrocínio do clube também devem ser penhoras para pagamento ao deputado federal, que cobra uma dívida, com valores corrigidos, de cerca de R$ 58 milhões. O Vasco vai recorrer.
Tranquilo em relação à decisão judicial, o advogado Marcelo Macedo afirmou que fora o recurso, o Vasco prepara há algum tempo um processo para que Romário devolva ao clube os R$ 8 milhões que já foram pagos a ele entre 2004 e 2008. Segundo ele, não existe nenhum documento oficial em posse da atual diretoria que comprove a dívida e, por isso, o clube parou de efetuar o pagamento em julho de 2008.
- Enquanto não se anula a dívida, teoricamente o Vasco segue como devedor. Então, a Justiça vai penhorando os bens do clube, mas os valores ficam apenas depositados, não vão para o Romário. E, nesse caso, ainda dependeriam de uma negociação futura - explicou Macedo.
Romário alega que emprestou dinheiro ao Vasco e tem como prova disso uma confissão de dívida assinada pelo ex-presidente Eurico Miranda. O Vasco, entretanto, diz que esses empréstimos não estão registrados na contabilidade oficial do clube e que, por isso, não tem o que pagar ao craque já que a confissão de dívida não prova que ela realmente existe.
A relação da torcida cruz-maltina com o Baixinho anda estremecida há algum tempo. Na despedida de Edmundo, por exemplo, o ex-camisa 11 foi chamado de anão e alguns torcedores pediram uma estátua para o Animal e gritaram para derrubar a já existente em homenagem a Romário.
Fonte: GloboEsporte.com