A partida é mais uma das 38 que Vasco e Coritiba têm no Campeonato Brasileiro. Mas o duelo desta quinta-feira, às 21h, em São Januário, pela 17ª rodada, é encarado pelos dois lados como uma importante oportunidade de reação. As derrotas nos últimos compromissos criaram, de maneiras diferentes, a responsabilidade de um triunfo sobre o rival.
O placar de 1 a 0 para o Atlético-MG, no último domingo, representou o fim de marcas importantes para o Vasco. Foi o fim de uma invencibilidade de nove rodadas e a primeira bola na rede após sete jogos, além de perder para o Fluminense o segundo lugar (posição que poderá recuperar em caso de vitória). Embora o time garanta não encarar o Coritiba como a chance de recuperação, existe a certeza de que o triunfo em casa deixará o time a dois pontos do líder Atlético-MG e dará um ânimo importante antes dos clássicos contra Flamengo e Fluminense, que fecham o primeiro turno.
Para manter o Coritiba como personagem de boas recordações - como a final da Copa do Brasil de 2011 -, o Vasco aposta no atacante Alecsandro, que tem oito gols no Brasileirão mas vive jejum de quatro rodadas. Entretanto, o técnico Cristóvão Borges não vai poder contar com Dedé, que está com a seleção brasileira, e os atacantes Tenorio e Eder Luis, machucados.
Vindo de três derrotas seguidas, o Coritiba vive a pior fase no Brasileirão deste ano. Com as vitórias de Palmeiras e Bahia nesta rodada, o time entrou na zona de rebaixamento e depende de um resultado positivo para deixar a zona da degola. O Coxa traçou uma meta de conquistar seis pontos nos três jogos restantes para fechar o turno e dar respaldo ao elenco, que vem sendo cobrado pelas más atuações nas últimas rodadas. O time joga contra os números no Rio de Janeiro. Até agora, em oito jogos longe do Couto Pereira, venceu apenas um. O Vasco, em oito jogos em casa, venceu seis, empatou um e perdeu um.
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AS ESCALAÇÕES
Vasco: Cristóvão Borges não confirmou a equipe, mas considera mudar o esquema de jogo com a perda de Eder Luis e Tenorio, machucados. Nesse caso, Felipe aparece como favorito a entrar no time titular, e Wiliam Barbio corre por fora. A novidade entre os relacionados é o lateral-direito Jonas, recém-contratado, e que pode fazer sua estreia contra o ex-time. O Vasco deve entrar em campo com a seguinte formação: Fernando Prass, Auremir, Douglas, Fabrício e William Matheus; Nilton, Wendel, Juninho e Felipe (Wiliam Barbio); Carlos Alberto e Alecsandro.
Coritiba: o técnico Marcelo Oliveira, mais uma vez, escondeu o time que entra em campo. Com Leonardo vetado, Roberto deve ganhar chance entre os titulares. Rafinha e Robinho voltam de suspensão e reforçam o time. A provável escalação do Coritiba tem Vanderlei, Ayrton, Pereira, Escudero e Lucas Mendes; Júnior Urso, Willian, Gil e Robinho; Rafinha e Roberto.
QUEM ESTÁ FORA
Vasco: Dedé, que defendeu a seleção brasileira no amistoso contra a Suécia, não enfrenta o Coritiba. No departamento médico estão Rodolfo, que sofreu cirurgia no joelho esquerdo, Eder Luis e Tenorio, ambos com dores na perna direita.
Coritiba: Leonardo, Emerson, Demerson e Everton Costa estão vetados pelo departamento médico. Cleiton, Eltinho e Marcel se recuperam de lesão. Keirrison, Sérgio Manoel e Jackson permanecem fora, sem data de retorno.
PENDURADOS
Vasco: Fellipe Bastos.
Coritiba: Everton Ribeiro, Pereira, Sergio Escudero, Sérgio Manoel e Willian.
O ÁRBITRO
Jailson Macedo Freitas (BA) apita a partida, auxiliado por Luiz Carlos Silva Teixeira (BA) e José Carlos Oliveira dos Santos (BA). Jailson Macedo arbitrou quatro jogos no Brasileirão, marcou 117 faltas (média de 29,2 por jogo), aplicou 14 amarelos (média de 3,5 por jogo), nenhum vermelho e um pênalti (média de 0,25 por jogo). O campeonato tem média de 4,6 amarelos, 0,2 vermelho, 36,1 faltas e 0,2 pênalti.
FIQUE DE OLHO
Vasco: equipe com menos finalizações no Campeonato Brasileiro, o Vasco busca retomar a força ofensiva. Nesta quinta-feira, poderá ter um meio-campo com Juninho e Felipe, armas para dar maior qualidade no passe e fazer a bola chegar ao ataque.
Coritiba: o meia Rafinha começou o ano como a principal arma do Coritiba, mas sofreu com as constantes lesões e, no seu retorno, contra o Atlético-MG, foi expulso. Contra o Vasco, o meia é a esperança de mobilidade na frente para dar novo gás ao ataque e o time voltar a vencer.
O QUE ELES DISSERAM
Fernando Prass, goleiro do Vasco: "O Coritiba tem uma equipe de qualidade, que vem de duas decisões seguidas da Copa do Brasil e mantém seu padrão de jogo durante esse tempo. No entanto, vem de três derrotas seguidas, e por isso sabemos que é mais difícil ainda perder quatro vezes consecutivas. Por isso, o Vasco precisa estar ainda mais atento na partida."
Marcelo Oliveira, técnico do Coritiba: "O Vasco é um bom time, muito bem organizado. Tem uma posição no campeonato que simboliza isso, mas, como eu disse, devemos respeitar, mas não temer. Precisamos muito do resultado."
NÚMEROS E CURIOSIDADES
* Os times já se enfrentaram 16 vezes no Rio de Janeiro na história do Campeonato Brasileiro. O Vasco tem enorme vantagem, com dez vitórias e dois empates, contra apenas quatro triunfos do Coritiba. Foram 27 gols cariocas, contra 17 dos paranaenses.
* A média de gols das partidas entre Vasco e Coritiba na história do Campeonato Brasileiro é de 2,3 gols por jogo. Em 33 jogos foram marcados 76 gols (43 a favor do Vasco e 33 a favor do Coritiba).
* Apenas três dos 33 jogos entre Vasco e Coritiba na história do Campeonato Brasileiro terminaram empatados em 0 a 0. As três partidas foram realizadas em Curitiba, nos anos de 1974, 84 e 85.
ÚLTIMO CONFRONTO
Vasco e Coritiba se enfrentaram pela última vez no dia 8 de setembro do ano passado, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida em São Januário foi uma reedição da decisão da Copa do Brasil conquistada pelo time da Colina. Quem fez a diferença no reencontro entre as equipes foi curiosamente um jogador que não participou do título cruz-maltino. Juninho Pernambucano cobrou com precisão duas faltas: uma acertou o ângulo de Vanderlei, e a outra, a cabeça de Rômulo. A vitória por 2 a 0 manteve, na ocasião, o Vasco a dois pontos do então líder Corinthians. O Coxa ocupava o décimo lugar.