Apesar de passar momento de instabilidade em suas divisões de base, o Vasco conta com grandes jóias no clube. O Ao Vasco, Tudo! entrevista, com exclusividade, uma dessas jóias.
Nascido em Linhares, no Espírito Santo, Cícero Dazzi Bobbio chegou ao Vasco depois de chamar atenção em amistosos contra o clube em março de 2007. Desde então, Cícero destaca-se pela presença de área, forte jogo aéreo, trabalho de pivô, por ter uma canhota potente e pelo faro de gol apurado. Destaque em todas as categorias do clube, o centroavante vem recebendo poucas oportunidades nos juniores, e com contrato se encerrando no próximo dia 21, tem futuro indefinido no clube, apesar de ressaltar que sua vontade é de continuar no Vasco. Cícero fala ainda sobre propostas, chances no time profissional e outros assuntos.
Seu contrato com o Vasco se encerra no próximo dia 21, é o seu desejo permanecer no clube? Existe uma negociação neste sentido?
Se é meu desejo? Estou no Vasco desde 13 anos, cresci aqui dentro, sempre tive o sonho de me tornar profissional aqui, mas se a oportunidade não aparecer, vou ter que procurar o que é melhor pra mim.
Surgiu na última semana a informação de um acerto com o Recreativo Huelva, da Espanha, o que foi prontamente negado por você. Houve realmente proposta? Não te atraiu a possibilidade de jogar na Europa?
A proposta aconteceu sim, porém depois de conversar com meu pai e meu empresário, achamos melhor ficar no Brasil por enquanto, acho que estou muito novo pra sair.
Apesar de se destacar na Copa São Paulo deste ano e ser decisivo no título do Torneio do Trabalhador de Juniores, disputado no Espírito Santo, você jogou apenas 6 jogos no estadual. A que você atribui esse pouco aproveitamento no Carioca, principal competição da categoria no 1° semestre?
Isso realmente eu não sei te explicar, a gente tem uma opinião e o treinador tem a dele, só que tenho que respeitar a decisão dele e me esforçar cada vez mais.
Em Agosto o Vasco começa a disputa do OPG e da Taça BH. Após um estadual ruim da equipe, quais suas perspectivas em relação ao torneio, tanto individualmente como em relação as chances do Vasco?
Espero ter mais oportunidades, pra mostrar mais e aparecer pro profissional, e tomara que o time de a volta por cima e faça um segundo semestre totalmente diferente do primeiro.
O Vasco sempre foi reconhecido como um clube formador de grandes atacantes, mas ultimamente não vem tendo grande sucesso na posição e nomes como Alan Kardec, Willen, Nilson, Carlos Antônio etc não conseguiram se firmar na equipe. Como você vê isso?
Eu acho que está faltando um pouco de paciência com a garotada, a gente tem que ir se adaptando devagar, porque atacante é a posição mais difícil de se firmar hoje em dia, mas se Deus quiser, vai vir uma safra boa daqui pra frente.
Você treinou com os profissionais do Vasco, tendo inclusive bom desempenho. O que você espera em relação a ser aproveitado no time profissional?
É graças a Deus, pude participar bem do treino, espero ser chamado mais vezes e aquilo que eu falei, ir me adaptando devagar, pra na hora que precisar, eu estar a disposição em um nível igual aos jogadores que estão jogando no momento.
Você é um centroavante canhoto, o que não é muito usual na posição; os zagueiros estão acostumados a centroavantes destros. Acha que este fato pode favorecê-lo de alguma maneira?
Não acho que isso tenha muita importancia, é uma situação diferente sim, mas não acho que é uma coisa que assuste os zagueiros, mas eu gosto de ser canhoso (risos).
Na Copa São Paulo, o Vasco tinha um time com vários bons jogadores, mas não foi longe. A que motivo você atribui o insucesso da equipe?
Nosso time era um time novo, com varios jogadores que tinham subido do juvenil, sem contar que demos muito azar naquele ultimo jogo, onde tomamos o gol no ultimo minuto, mas tenho certeza que temos um time muito mais forte e experiente hoje em dia.
Hoje em dia é comum ver atacantes de muita força física, mas que acabam perdendo características como a velocidade. Você pretende fazer um trabalho de ganho de massa muscular ou prefere manter ao máximo as suas características de jogo?
Eu acho que a minha posição de centroavante requer um pouco de força fisica sim, pelo fato de você ter que jogar de costas pro gol e pro zagueiro, tendo que proteger muito a bola, mas o principal na minha opnião é a tecnica e a inteligência, nada substitui essas qualidades, mesmo que não sejam centroavantes, mas é bonito ver um Juninho, Felipe, um Deco jogando, gosto de jogadores desse estilo.
Confira abaixo alguns lances de Cícero com a camisa do Vasco: