A derrota para o Atlético-MG tirou do Vasco a vice-liderança do Brasileirão e pôs em xeque o esquema tático da equipe. Nos últimos quatro jogos, o time marcou só um gol e conquistou 41,67% dos pontos disputados na competição. Uma média bem abaixo da sequência anterior, que era de 100%. Considerando a ótima performance da equipe nas duas últimas temporadas, uma das possíveis justificativas para a queda é simples: os adversários aprenderam a jogar contra o Vasco.
“Tenho certeza. A nossa equipe chama atenção de todos os clubes do Brasil. O futebol de hoje é muito estudado. Isso pode estar acontecendo, mas temos que ter a inteligência de não aceitar a marcação dos adversários, buscar as nossas jogadas e não mudar o nosso jeito”, analisou, com lucidez, o jovem lateral-esquerdo William Matheus, que defende o modelo tático atual. “O talento não é vencido pela marcação. Temos que fazer o nosso melhor do jeito que a gente sabe fazer bem”, filosofou.
Para Matheus, o técnico Cristóvão Borges tem experiência para buscar novas solu- ções para o problema:
“O Cristóvão é muito inteligente e deve estar vendo algumas saídas para que a gente possa dificultar um pouco mais para as equipes que vamos enfrentar. Vamos (em campo) esperá-las um pouco mais à frente. Se ele achar que devemos mudar para dificultar alguma coisa, mudaremos. Mas a nossa equipe está bem e o sistema de jogo é bom”.
O experiente volante Nilton também não acredita que o Vasco precise fazer mudanças radicais na sua forma de jogar.
“Não podemos nos deixar abalar por uma marcação mais forte, ou um estilo de jogo diferente. O Vasco joga dessa forma há muito tempo e tem dado certo. Não podemos mudar agora a nossa característica, o que poderia até nos prejudicar”, adverte o jogador, que apontou algumas soluções para o time:
“Temos que ter mais volume de jogo e demonstrar mais intensidade. Se tivermos mais posse de bola vai ser diferente, porque o nosso time tem muita qualidade”.
Fonte: Marca Brasil