Após longa reforma, o moderno estádio Independência tem sido frequentemente elogiado. No entanto, o local guarda suas particularidades. A principal delas é em relação a seu campo, que manteve as dimensões reduzidas, próximas ao limite mínimo exigido pela Fifa: 105m x 68m. Os próprios jogadores de Atlético-MG e Cruzeiro já levantaram a questão e admitiram dificuldades. O Vasco vai debutar na nova arena neste domingo, às 16h, diante do Galo, no duelo dos líderes do Brasileirão. E promete superar a mudança, uma vez que São Januário é o oposto, com 110m x 70m, o maior dos que estão em uso na Série A, ao lado do Pacaembu.
Para o técnico Cristóvão Borges, o obstáculo existe, mas não assusta.
- Pode influenciar, porque se uma equipe se defende bem, num lugar menor é mais difícil passar. Mas é uma partida de alto nível, as equipes estão muito bem organizadas e têm jogadores talentosos para evitar que isso seja um problema. Vamos com essa consciência para fazer de tudo para que não tenha diferença - disse.
Já o atacante Alecsandro, mostrando precaução, lembra que a novidade só vale para o lado cruz-maltino.
- Isso pode ser melhor para eles. Tudo o que é novidade pode ser mais difícil. A gente não conhece, vamos fazer a primeira partida lá. Tem de ter isso na cabeça, mas estamos conseguindo entender bem os adversários e os ambientes. Jogo a jogo temos melhorado e estamos conseguindo acertar. Naquela situação do Sport, com gramado molhado, tivemos a consciência de admitir, no intervalo, que não adiantava forçar de qualquer jeito. Era caprichar na bola parada porque o jogo seria decidido daquela forma, e foi. O nível está alto e qualquer detalhe precisa ser levado em conta - declarou o camisa 9.
Em oitavo na tabela, o Cruzeiro é quem vem encontrando mais problemas. Já perdeu dez pontos no Independência. A ponto de o técnico Celso Roth mandar reduzir as dimensões de um dos campos da Toca da Raposa II, centro de treinamento do clube. Outro detalhe que causou discussão no estádio é visão prejudicada de uma das áreas laterais ao gramado, de onde se vê a partida sentado com barras de ferro à frente. A construtora ainda não tem solução para o caso.
Fonte: GloboEsporte.com