Perde o Vasco, por enquanto…
Os efeitos das últimas decisões judiciais oferecidas temporariamente pelo 2° Grau da Justiça do Rio de Janeiro em relação às eleições de agosto de 2011 no Vasco fizeram, por hora, uma única grande vítima: a própria Instituição.
Sob a alegação de que o clube não sofreria prejuízo em realizar um pleito eivado de vícios, a Justiça do Rio de Janeiro manteve, até aqui, a validade das referidas eleições. Mas o que se constata devastadoramente é exatamente o contrário.
Tal disputa eleitoral, para a qual compareceram apenas as chapas comadres, trouxe enormes prejuízos imediatos ao Vasco, cujo quadro diretivo atual é investigado pela Polícia Federal, processado pelo Ministério Público, se nega a recolher impostos e obrigações e se vale da Instituição como fonte de renda, como no caso da Rede de Lojas Gigante da Colina, distribuídas entre tais dirigentes “empreendedores” e seus familiares. O resultado de tanto desmando passa, inclusive, pelo episódio de falecimento de um menino da base que treinava pelo clube, capítulo mais triste dentre todas as barbaridades cometidas hoje na Colina.
Já a “oposição” de conveniência, os ancilares, é corresponsável em prejuízos históricos ao endossar, apoiar e incentivar calotes e não se manifestar contra as contas distorcidas apresentadas pela direção, talvez a espera das migalhas que caiam da farta mesa da farra. É cúmplice, parceira e farinha do mesmo saco.
O Vasco atual se sustenta equilibrando-se sobre um time de futebol brioso, mas que sequer recebe salários em dia, muito pelo contrário. Um time de futebol, infelizmente, de aluguel, pertencente a “grupos de investidores”, sejam esses sujeitos ocultos dirigentes do próprio clube ou não. À Instituição restou o papel coadjuvante de vitrine. Servem-se, mais do que nunca, dela. Jamais serviram a ela.
Mantemo-nos, porém, confiantes nas decisões de mérito da Justiça do Rio de Janeiro, que pode até tardar, mas não falhará, uma vez que o rol de provas contundentes relativas aos desvios cometidos aumenta a cada dia. Já é público e notório que o Programa de Sócios que sustentou as atrocidades surgidas da noite para o dia no quadro sócio-eleitoral não presta, é lesivo. A empresa responsável por este programa foi incrivelmente levada para o Vasco pelo senhor Olavo Monteiro de Carvalho, que concorreu à reeleição para seu cargo tendo como base uma lista articulada pela própria “convidada” sua. Não deve ser muito difícil se reeleger assim. Enfim, em termos de sinais de obscurantismo, vestígios de fraude e certeza de diversas tortuosidades o pleito de 2011 é recordista.
O Vasco, Instituição centenária, repleta de História rica que nos enche de orgulho, pede socorro. A Justiça do Rio de Janeiro, um dia, precisará cumprir o seu papel. Nós estamos cumprindo o nosso. E continuaremos a cumprir, nos manifestando, denunciando e oferecendo ao quadro social legítimo do Vasco uma opção de vascainidade verdadeira, que passa e sempre passará longe de espertalhões com crise de identidade, que mal sabem se são situacionistas de oposição ou oposicionistas de situação, mas que se valem do clube em benefício próprio. Lutaremos para varrê-los de lá!
CASACA!
Fonte: Casaca