Já eram duas partidas sem marcar gol. Estatística que ligaria o sinal de alerta em qualquer equipe, especialmente no vice-líder do Campeonato Brasileiro. Por isso, o desafogo do Vasco na Ilha do Retiro veio em boa hora. Além da ponta provisória na tabela, o técnico Cristóvão Borges vibrou pelo fato de seus comandados escaparem de situação adversa, com direito a campo encharcado, pressão do rival... E justamente com a arma da bola parada, pelos pés de Juninho. Algo que não acontecia há quatro rodadas, quando a rede balançou em jogada originada em escanteio. De falta, o Reizinho não marcava um gol desde o duelo com o Palmeiras, há quase dois meses.
- A bola parada é sempre um artifício que pode ser importante, e nesse jogo era decisivo porque estava difícil de a bola rolar, era muita água. Sabíamos que caprichar numa chance poderia representar a vitória. Temos jogadores de qualidade para isso, já ganhamos assim, com essa arma. O Juninho foi feliz, conseguiu abrir o placar - comentou Cristóvão.
Na defesa, vai tudo muito bem, obrigado. O Vasco completou sete partidas sem ser vazado, comprovando o encaixe dos novos laterais - Auremir e William Matheus - e a grande fase de Prass, Dedé e Douglas. Após início negativo no setor, já é a terceira melhor da competição.
De volta ao Rio de Janeiro, o momento é de se ligar no futebol da noite desta quinta-feira antes de retornar ao trabalho, sexta de manhã, em São Januário. Fluminense, Grêmio e, principalmente, o Atlético-MG entram campo. O Galo, aliás, é o próximo adversário, domingo.
- É o nosso trabalho dobrado, né? Ficar de olho para secar - brincou o treinador, dois pontos à frente do time mineiro, mas, no momento, com duas partidas a mais.