O Vasco perdeu Allan, Romulo, Diego Souza e Fagner durante a janela de transferências internacionais. Com exceção do primeiro, cujo clube tinha cotação mínima nos direitos econômicos, os outros três renderam algo em torno de R$ 18 milhões aos cofres. O dinheiro ainda não caiu na conta, mas o Cruzmaltino já estipulou a prioridade para o montante: colocar os salários em dia.
Romulo foi vendido ao Spartak Moscou, da Rússia, por 8 milhões de euros (pouco mais de R$ 20 milhões). O Gigante da Colina era dono de 50% dos direitos econômicos e tem direito a pouco mais de R$ 10 milhões pela negociação. Já as saídas de Diego Souza e Fagner para Al- Ittihad, da Arabia Saudita, e Wolfsburg, da Alemanha, respectivamente, geraram algo em torno de R$ 8 milhões. O clube era dono de 33% dos direitos do meia e de apenas 20% do lateral direito.
Como não possui as certidões negativas de débito - pois tem dívidas tributárias junto ao governo -, o Vasco não consegue receber a verba da Eletrobrás, patrocinadora do clube. Com isso, voltou a atrasar os salários. Maio e Junho ainda não foram pagos. No entanto, além de outras fontes de recursos, o clube espera o depósito referente aos negociados para equacionar as dívidas com jogadores e funcionários. Na Colina histórica, a prioridade está definida.
“Carregamos inúmeros passivos e, por isso, não somos superavitários. Porém, nos últimos tempos tivemos receitas expressivas. O clube tem obrigações e busca sempre melhorar, inclusive na dinâmica da administração do departamento de futebol. A prioridade é sempre colocar os salários em dia com atletas e funcionários. Na sequência, o clube precisa honrar o compromisso com o abatimento dos seus passivos. Por último, coloco a situação de reforços para o futebol profissional. Essa é mais ou menos a nossa escala de prioridade para qualquer receita que entra nos cofres”, explicou o vice-presidente de futebol do Vasco, José Hamilton Mandarino.
O Cruzmaltino superou em pelo menos R$ 8 milhões a previsão mínima no orçamento com transferência de atletas. Estimava-se algo em torno de R$ 10 milhões. Alcançar essa situação também possibilitou algumas renovações de contratos e assegurou a permanência do zagueiro Dedé até 2015 em São Januário. Agora, o “Mito” recebe um salário de R$ 250 mil e sua multa está estimada em R$ 70 milhões.
Fonte: UOL