O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) encaminhou dois ofícios à Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro (Suderj) questionando a ausência de informações aos proprietários de cadeiras cativas do Maracanã, após o término da obra.
No documento, que o LANCE! obteve com exclusividade, o promotor do consumidor Pedro Rubim solicita que o órgão informe 'notadamente, como ficarão localizados os assentos dos detentores de cadeira perpétua, após a obra.'
No inquérito civil, instaurado em janeiro deste ano, Rubim estipulou um prazo de 30 dias para que a Suderj se pronunciasse, mas não obteve retorno nem mesmo depois do envio de um novo ofício que reiterava o pedido.
Por e-mail, a assessoria de imprensa da Suderj informou que a resposta aos proprietários será enviada até esta sexta.
– O inquérito ainda está em fase de instrução. Precisamos saber qual será a posição da Suderj para que vejamos quais medidas seriam cabíveis neste caso – disse o promotor Pedro Rubim.
Além da questão da localização, os cerca de 5 mil proprietários temem pela perda de direitos durante os jogos da Copa das Confederações e da Copa do Mundo.
O governo do Rio ainda não informou se as cadeiras valerão ingressos aos proprietários, visto que o estádio passará à administração da Fifa durante as competições e os melhores lugares costumam ser destinados a dirigentes, convidados e patrocinadores.
A tendência, no entanto, é que os donos dos assentos tenham seus direitos assegurados mesmo após a concessão do estádio à iniciativa privada. O edital está sendo elaborado na Casa Civil.
Secretária de Esportes e Lazer do Rio de Janeiro, Márcia Lins chegou a informar que o edital seria lançado até o final deste ano, mas a Casa Civil não trabalha mais com nenhum prazo fechado.
Fonte: Lancenet