Após ser um dos grandes destaques da Festa Literária de Paraty, a FLIP, o escritor português José Luis Peixoto foi presenteado com uma camisa do Vasco. O autor recebeu o presente durante o evento de divulgação do novo romance chamado “Livro”, que contou com um encontro com a escritora Dulce Maria Cardoso, na livraria da Travessa, no Leblon, Zona Sul do Rio.
Por ter recebido o presente momentos antes de iniciar o evento, o escritor fez questão de vestir a camisa para começar o lançamento da nova obra. “Boa noite, sou a mais nova contratação do Vasco da Gama”, foi com a descontraída frase que José Luis começou a falar sobre o romance lançado.
Em 2001, o escritor recebeu o “Prêmio Saramago”, pela obra “Nenhum Olhar”. Além desse livro, José Luis já lançou mais dois romances no Brasil.
Ao término do evento, ainda com a camisa vascaína, o escritor português revelou a alegria de ter recebido o presente cruz-maltino.
- Não venho mais ao Brasil sem a camisa, ela é linda e fiquei muito emocionado com o presente. Muito obrigado pela lembrança – disse com exclusividade ao site oficial.
O escritor não tirou a camisa do Vasco durante todo o evento. | José Luis não escondeu a alegria pelo presente recebido. |
Fonte: Site oficial do Vasco
Papo lusitano encerra a série O GLOBO Pós-Flip
Em bate-papo emocionante, com direito a declamação de poesia, entre os autores portugueses Dulce Maria Cardoso e José Luís Peixoto encerrou nesta quinta-feira a série de debates O GLOBO Pós-Flip, promovida pelo jornal em parceria com livrarias. Dulce e Peixoto, parte de uma nova geração de escritores portugueses que chega ao Brasil, participaram da festa literária terminada no domingo em Paraty.Em debate na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, mediado pelo jornalista do Prosa & Verso Guilherme Freitas, eles conversaram sobre migrações, literatura portuguesa, a família como núcleo de suas obras e também sobre o Brasil. Seus livros mais recentes convergem na temática de deslocamento de seus personagens.
Dulce falou da experiência de retratar parte de sua vida em "O retorno" (Tinta-da-China). O livro conta a trajetória de Rui — e de meio de milhão de moradores de colônias portuguesas —, que volta a Luanda após a guerra de independência de Angola, em 1975.
— Inventei a história dos retornados para que pudesse entender melhor o que se passou na minha vida. Não sou o Rui, mas ele vive, no livro, muitas situações que eu e minha família vivemos — disse Dulce, para logo depois afirmar que a temática familiar é inesgotável. — A família é um laboratório do comportamento humano.
Ensinamentos dos pais
Peixoto, que chegou ao debate vestindo camisa do Vasco da Gama, falou sobre "Livro" (Companhia das Letras), que dialoga com a história de Dulce por abordar a emigração de portugueses para a França nos anos 1960, situação vivida por seus pais.
— Não vivi esse período, mas ele marcou muito a minha família, e sempre ouvi conversas dos meus pais e irmãos sobre a França. Acredito que os pais transmitem ensinamentos aos filhos quase de forma silenciosa. E acho que escrevi aquilo que me transmitiram.
No fim, tratando da importância da família, o autor emocionou a plateia ao recitar a poesia "Na hora de pôr a mesa", de seu livro "A criança em ruínas", inédito no Brasil.