Durante quase dois anos, Wendel cumpriu contratos importantes financeiramente na passagem por dois clubes da Arábia Saudita. Mas se por um lado a realização financeira é inegável, por outro, precisou conviver com hábitos com os quais, mesmo depois de tanto tempo, não conseguiu se habituar. Dessa forma, sentiu até um certo alívio quando acertou sua volta ao Brasil para defender o Vasco. Diego Souza, seu atual companheiro de clube, pode fazer o caminho contrário. Mas nas conversas que terá com o camisa 10 nos treinos em São Januário, o novo contratado poderá transmitir a sua experiência e talvez dizer que dinheiro não é tudo.
Wendel chegou à Arábia Saudita em 2011 para defender o Al Ittihad, um dos clubes mais populares do país e um dos interessados em Diego Souza. No primeiro semestre deste ano, o meia esteve no Al Shabab e não demorou muito para ter a certeza de que era o momento de voltar ao Brasil por causa de algumas dificuldades de adaptação.
- Essa diferença cultural é complicada. Minha mulher precisava usar aquela roupa preta para sair do condomínio onde nós morávamos. Além disso, lá nenhuma mulher pode dirigir. Ela já estava saturada. Então decidimos voltar. Em relação ao futebol, a Arábia Saudita tem um campeonato mais disputado do que Qatar e Emirados Árabes - afirmou o jogador de 30 anos, apresentado oficialmente pelo Vasco na quarta-feira.
Ele diz entender a situação de Diego Souza, mas torce para ter uma convivência mais longa com o companheiro, esperando que ele não se deixe seduzir pelos petrodólares dos sauditas.
- Espero que o presidente consiga manter o Diego no Vasco - disse Wendel.
Fonte: GloboEsporte.com