O estilo de jogo adotado por Pep Guardiola no Barcelona encantou o mundo. Nele, com a bola nos pés, Messi e companhia trocam passes, cansam o adversário e, com posse muito superior, foram praticamente imbatíveis nos últimos anos. A receita de sucesso dos espanhóis, no entanto, não tem sido seguida em São Januário. Nada que atrapalhe o rendimento do Vasco, empatado com o Atlético-MG na ponta da tabela do Brasileirão.
Diferentemente do clube catalão, o Gigante da Colina, que já jogou sete partidas, teve posse de bola menor que a do seu adversário em cinco confrontos (Grêmio, Portuguesa, Bahia, Palmeiras e Cruzeiro). Nas duas vezes em que impôs seu futebol, o time do técnico Cristóvão Borges goleou o Náutico e venceu por 3 a 2 a Ponte Preta, de virada já no fim, em uma de suas piores atuações. Até o momento, acumula cinco vitórias, um empate e apenas uma derrota, com aproveitamento de 76,6%.
Titular em todas as partidas no Brasileirão, Nilton é daqueles que acreditam que o futebol é bola na rede. Por isso, prefere ressaltar a postura de seus companheiros e os resultados conseguidos pelo Vasco.
“Prefiro jogar mal e vencer. Temos treinado muito e estamos preparados para atuar com ou sem a posse de bola. Temos jogadores de qualidade, decisivos, que às vezes precisam apenas de um lance para mudar a história da partida. O time tem criado oportunidades e isso é o mais importante”, afirmou Nilton.
Ele reconhece que tudo tem dado certo: “A sorte está do nosso lado. E temos mostrado que nem sempre ganha o jogo quem tem mais posse de bola ”.
Se não atuam com a bola nos pés, os jogadores do Vasco também não têm desperdiçado as chances que aparecem e o time, além de ter o melhor ataque, tem 22% de aproveitamento nas finalizações - a média mais alta entre os clubes que disputam a Série A.
Para seguir no caminho certo e ter sucesso, o Gigante da Colina conta com a pontaria afiada de Alecsandro, artilheiro da competição com cinco gols. E o centroavante, que deixou sua marca em todas as vitórias do time, quer mais.
“Seria perfeito continuar com esse aproveitamento, pois sempre deixei claro que, antes de pensar em mim, penso no melhor para o Vasco. Lógico que quero a artilharia, pois é um troféu que ninguém vai tirar lá de casa, mas antes espero ser campeão”, declarou.
Fonte: Marca Brasil