Voltando de lesão, Dedé mostra evolução nos treinamentos

Após duradouros três meses longe dos gramados, Dedé aos poucos vai ganhando sequência de jogos e retomando sua forma. E se recentemente levou dribles que não está acostumado, evoluiu em alguns quesitos importantes nas últimas partidas.

O Mito retornou ao time no confronto com o Bahia, no dia 10 de junho, em Salvador, na vitória do Vasco por 2 a 1. Na ocasião, entrou no segundo tempo. No jogo seguinte, diante do Palmeiras, dia 17, já atuou como titular. Na última rodada, na derrota para o Cruzeiro, cresceu nos desarmes, nas rebatidas e nos passes certos. No primeiro fundamento, inclusive, foi o melhor em campo, com sete.

Como ponto negativo em sua volta estão os dribles desconcertantes que levou dos atacantes Mazinho, do Palmeiras, e de Wellington Paulista, do Cruzeiro. No caso do jogador do Alviverde, a jogada ainda resultou em gol.

A comissão técnica vascaína vê como natural a evolução gradativa do Mito, em virtude do longo tempo em que ficou inativo. Os companheiros também têm a mesma visão, e não cansam de enaltecer o defensor.

– Ele é um grande jogador, o melhor zagueiro do futebol brasileiro. Todos sabem das suas qualidades. As pessoas que o questionam hoje se acostumaram com a qualidade dele. No entanto, Dedé está trabalhando muito para recuperar a melhor forma o quanto antes – declarou Rodolfo, seu companheiro de zaga no time titular.

Dedé se recuperou de um edema ósseo na fíbula da perna esquerda que o deixou, dentre inúmeras partidas, de fora das quartas de final da Copa Libertadores, contra o Corinthians, que culminou na eliminação do Vasco na competição. Ele está na lista dos 35 pré-convocados para a Olimpíada.


RETORNO É EXALTADO

Para o volante Nilton, o setor defensivo do Vasco está mais seguro nas bolas aéreas com o retorno de Dedé aos gramados. O camisa 19 afirma que a zaga cruz-maltina está confiante, mas pede atenção com o atacante Roger, da Ponte Preta, próximo adversário no Campeonato Brasileiro.

– A nossa zaga está bem postada, confiante. Com a volta do Dedé ficamos mais seguros nas bolas altas. Temos de tomar como lição os erros de posicionamento. Temos de ter atenção com o Roger.

No jogo contra o Cruzeiro, Dedé acabou, depois de uma pedalada de Wellington Paulista, sendo driblado próximo à área e o chute do cruzeirense passou perto do gol de Fernando Prass. Nilton, porém, defendeu o companheiro e lembrou que o Mito não poderá ganhar todas as jogadas, mas ressaltou que dificilmente ele perde divididas.

– O lance com o Wellington acontece. Acabamos não sofrendo o gol. Ele não pode ganhar todas. Em bolas divididas, ganha grande parte. Acaba impondo essa qualidade em função do seu porte. Ele se torna um líder lá atrás.