Driblado no gol do Palmeiras e ainda sem emplacar o desempenho de outros momentos, Dedé deixou claro que não gostou de sua participação no último domingo, na Arena Barueri. E, de acordo com os números que registrou no Brasileirão de 2011, a autocrítica tem fundamento. A falta de ritmo tem sido vilã no retorno gradual do zagueiro do Vasco, que só disputou 124 minutos - na vitória sobre o Bahia, semana passada, entrou no segundo tempo.
Em quesitos primordias para um jogador de sua posição, a eficiência do Mito é claramente menor até aqui. Parou quatro vezes o ataque rival com falta, uma média de 2,6 por partida - considerando-se um jogo e meio como base de cálculo. Na temporada passada, pela competição nacional, foram 51 faltas em 30 atuações - média de 1,7. Em relação aos passes errados, Dedé tem sete até aqui, perfazendo 4,6. Em 2011, somou 84, com 2,8 por confronto.
Já sobre as roubadas de bola, só conseguiu duas (1,3 por jogo). No comparativo, foram 80, para uma média de 2,7. No consolidado dos desarmes (quando o jogador sai jogando após a tomar a posse do adversário), ao todo, o camisa 26 teve 270, com média de nove a cada vez que entrou em campo. Para se ter uma ideia, Renato Silva marcou presença em 20 duelos, no mesmo período, e tem 169 desarmes a menos. Sua média é de cinco por partida.
Na terça-feira, antes de evoluir nos treinamentos e ter sua escalação confirmada pelo técnico Cristóvão Borges, declarou que achava mais correto a equipe manter a formação na zaga.
- Para o grupo, o melhor é seguir jogando com Renato e Rodolfo. Eles estão com ritmo grande e jogando bem. O torcedor precisa entender que dois meses parado são mais do que um período de férias, fiz poucos exercícios. É bom manter o que está dando certo. Todo mundo vê uma situação boa para eu voltar, mas para isso tenho que estar melhor do que os dois. A defesa hoje está muito bem. Então, o treinador é quem tem que resolver - afirmou.
Fonte: GloboEsporte.com