Domina e Toca com Cristovão Borges
Você se lembra! Cristovão assumiu o Vasco depois do problema de saúde de Ricardo Gomes, de quem era auxiliar. Foi campeão da Copa do Brasil, vice do Brasileiro. Este ano chegou às quartas de final da Libertadores e lidera com quatro vitórias em quatro jogos o Brasileirão. Hoje o Vasco enfrenta o Palmeiras. Mesmo assim, não recebe só aplausos. Nem deixa a peteca cair.
Por que a peteca não cai?
Foi a consciência de que, mesmo ganhando a Copa do Brasil, era importante manter-se brigando pelos títulos de todas as competições que disputássemos. E esse grupo, ano passado, participou do pior começo de temporada da história do Vasco. Conversamos e esse período se transformou num resgate vascaíno, sobretudo da autoestima da nossa torcida que hoje sente o maior orgulho do clube.
Mesmo assim, há resistência ao seu trabalho. O que você pensa dela?
Normal. Não me conheciam, não acreditavam que daria certo. Até então era um trabalho qualificado e vencedor, mas, com o tempo e os resultados, as coisas mudaram. Tanto que recebo elogios de torcedores de outros times.
Uma das críticas ou dúvida: Juninho e Felipe não podem ser titulares?
Claro que podem. O problema é a dificuldade de aceitação de que eles precisam fazer treinamentos especiais e não devem jogar todas as partidas em campeonatos que se jogam nas quartas e nos domingos. Isso porque, além de não conseguirem manter um bom nível de atuações, correriam o risco de lesões. O trabalho é tão bem planejado que, quando eles jogam, jogam sempre bem e, por isso, com certeza, estamos ajudando a prolongar a carreira de ambos.
No Brasileiro do ano passado, o Corinthians conquistou nove vitórias nos dez primeiros jogos. Foi campeão. O Vasco pode repetir a receita?
Não dá pra garantir. Mas começamos muito bem e podemos nos dedicar só ao Brasileiro, o que não aconteceu no ano passado. Se deixarem, chegaremos lá.
Fonte: Coluna Cleber Machado - Diário de São Paulo