A quatro anos de ser a sede do torneio olímpico de rúgbi dos Jogos do Rio, em 2016, e ainda em dificuldades financeiras, o Vasco já está se movimentando no sentido de conquistar mais patrocinadores e parceiros para suas modalidades olímpicas. Para isso, dará início neste sábado, dia 16, de 9h às 12h, na Sede Náutica da Lagoa, ao primeiro Encontro de Lideranças Vascaínas. No evento, idealizado pelo Departamento de Marketing, haverá duas palestras sobre aspectos do marketing esportivo, como valor de marca e a importância das leis de incentivo ao esporte.
A primeira palestra, a cargo de Eduardo Vilela, professor de marketing da UFF, será sobre “Marca, percepção e patrocínio esportivo”, e a outra apresentação, com Luiz Desiderati e Rogério Teixeira, sócios da Desi Consultoria Esportiva, terá como tema a “Aplicação das Leis de Incentivo ao Esporte, via Lei Federal (Imposto de Renda) e Lei Estadual (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).” Segundo o vice de Marketing vascaíno, Eduardo Machado, o objetivo do encontro não é o de captar patrocínios, mas o de começar ou intensificar os relacionamentos com empresários que futuramente possam investir em modalidades.
— O objetivo é fornecer conteúdo sobre essas duas áreas: marca e leis de incentivo, e mostrar como pode se dar o relacionamento entre uma empresa e um clube, seja por patrocínio direto ou via lei de incentivo fiscal ao esporte. Modalidades olímpicas poderão ser diretamente beneficiadas. Elas estão num crescente, mas muitos empresários não têm ainda esta prática de apoiar o esporte olímpivo. Cerca de cem empresários foram convidados — afirmou Machado, acrescentando que fechou recentemente os patrocínios dos filtros Soft Everest para o remo e das óticas Carol para o vôlei de base.
Para o dirigente, o fato de o Vasco ser a futura sede do rúgbi nas Olimpíadas do Rio, em 2016, servem como um motor para este movimento de aproximação do empresariado.
— As Olimpíadas de 2016 serão um pico histórico no esporte olímpico brasileiro. Mas este é um alvo de tiro curto. Dizer que vamos formar um atleta de agora até lá, em quase quatro anos, é um tanto utópico, mas podem surgir talentos extraordinários. De qualquer forma, se o Vasco colaborar com a formação de atletas, para que eles tenham uma preparação melhor, uma alimentação melhor, o clube já estará cumprindo o seu papel. Já a preparação em alta performance está um pouco além. Não estamos pensando só em 2016, mas num prazo mais longo — enfatizou Machado.
Realista, Machado disse que quer trabalhar com os pés no chão, apresentando o marketing de maneira muito profissional, visando a resultados maiores, que poderão ser pontuais ou permanentes:
— A intenção é estabelecer relações profisisonais vantajosas para os patrocinadores e para o clube, par ambas as partes. Estamos lançando sementes, e o momento é de expor nossas ideias, acreditando em resultados ao longo do tempo.
No momento, os esportes olímpicos do Vasco enfrentam dificuldades. No caso do remo, a atleta Kissya Cataldo — classificada para Londres-2012 — deixou o clube e foi para o Flamengo, queixando-se de falta de apoio. O vice-presidente de remo, Paulo Cesar Mohammed Alli, vem-se empenhando em reformar a Sede Náutica e em tentar recursos para 2013. Já o vice de Esportes Olímpicos e Responsabilidade Social, José Pinto Monteiro, tem investido na base e vem tentando espalhar pelo Grande Rio as escolinhas de alguns esportes como rúgbi e vôlei, além de basquete e natação.
— Nosso sonho seria ter ao menos um jogador formado nas nossas escolinhas na seleção brasileira de rúgbi em 2016 — declarou Monteiro.
Fonte: Extra online