Ausência de Dedé permitiu reabilitação de Rodolfo e Renato Silva

Quarta-feira, 13/06/2012 - 21:16

Há pouco mais de dois meses, Dedé foi afastado da equipe do Vasco para tratar de um edema ósseo na perna esquerda. Durante este período, a torcida ficou órfã, e o grupo cruz-maltino nunca escondeu a falta que o companheiro fazia. Mas a ausência de um dos maiores ídolos do clube também serviu como uma prova de fogo para aqueles que o substituíram. Renato Silva e Rodolfo já haviam passado por momentos de críticas, mas os resultados da equipe mostraram que eles sobreviveram e agora podem estar mais fortes para enfrentarem a concorrência do Mito depois de ganharem a confiança do técnico Cristóvão Borges.

No momento em que Dedé precisou parar e curar a lesão, Rodolfo vinha, segundo ele próprio, vivendo a fase mais complicada de sua carreira. Abalado psicologicamente por seguidas falhas, o zagueiro deixou o time titular e passou a ser poupado para recuperar a forma física e técnica. Mas quando o titular foi entregue ao departamento médico, ele ganhou uma nova oportunidade e, aos poucos, se estabilizou na posição.

Ao seu lado, Renato Silva vinha de uma outra grande missão. Foi ele quem substituiu o titular absoluto Anderson Martins, negociado com um clube do Qatar no segundo semestre do ano passado. Em 2012 ele também precisou encarar a responsabilidade de manter o nível da defesa vascaína com a ausência de Dedé e recebeu elogios do treinador vascaíno. Juntos, Renato Silva e Rodolfo disputaram o mata-mata da Libertadores e as finais da Taça Rio.

Fernando Prass destaca: 'Eles engrenaram'

Um dos comandantes da defesa, Fernando Prass destacou o momento de Renato Silva e Rodolfo. Para o goleiro, o período de ausência de Dedé beneficiou a dupla, que, assim, pôde ter uma sequência de partidas e melhorar o rendimento em campo, mesmo carregando o peso de substituir um ídolo.

- Não existe jogador que não falha. Claro que para defender um grande clube, o índice de erros precisa ser mínimo. Além disso, jogar no Vasco signifca sofrer pressão. Você pode fazer cinco gols de bicicleta e defender cinco pênaltis, mas se der mole no jogo seguinte, vai ser cobrado. Renato e Rodolfo sabem lidar com essa responsabilidade porque já defenderam outros grandes clubes. Depois de uma sequência, eles engrenaram. E isso foi bom para mostrar, não somente no discurso, que temos um grupo de qualidade - ressaltou o camisa 1.

Até o jogo contra o Alianza Lima – o último de Dedé como titular –, o Vasco teve média de 0,92 gols sofridos por partida quando o Mito esteve em campo na atual temporada. Desde que o titular se machucou, Renato Silva e Rodolfo formaram dupla em 12 partidas, com sete vitórias, um empate e quatro derrotas. Foram 14 gols sofridos, o que representa média de 1,16.

Números à parte, Rodolfo tem a certeza do dever cumprido depois de um início conturbado. O zagueiro admite a dificuldade de encarar o desafio de substutuir Dedé enquanto sofria questionamentos. Mas acredita que, com a volta do companheiro, o Vasco será beneficiado pelo bom momento dos componentes da zaga.

- O Cristóvão precisou de mim e do Renato, e nos colocamos inteiramente à disposição dele. Acredito que fomos bem, e no meu caso, pude recuperar a confiança que estava faltando para poder voltar a jogar meu verdadeiro futebol. Esse período foi muito importante pra mim. Pude ajudar o Vasco e dar a volta por cima, por assim dizer - avaliou Rodolfo.

E para reforçar a confiança que existe dentro do grupo do Vasco, nada melhor do que Dedé dar o seu aval sobre a dupla de zaga. Ainda em busca da melhor forma física, ele destacou o momento dos companheiros de posição.

- Renato e Rodolfo estão bem, e é preciso respeitá-los. Para eu voltar, preciso estar melhor do que um dos dois. É o treinador quem tem de resolver.

Fonte: GloboEsporte.com