O esporte apareceu no dia a dia como uma necessidade pessoal, e nos anos seguintes gerou uma série de projetos. A partir do segundo semestre de 2012, a ideia da empresa de tecnologia Gaudium é que ele também seja uma fonte viável de receita. A aposta para isso é um novo modelo de negócio, baseado na venda de produtos.
É isso que a Gaudium pretende lançar no aplicativo oficial do Vasco. A ferramenta de vendas está em fase de desenvolvimento, e o lançamento no segundo semestre deste ano ainda não foi confirmado.
A venda de produtos é uma tentativa da Gaudium para viabilizar novas fontes de receita dentro de um aplicativo de esportes para smartphones. Atualmente, o modelo usado pela empresa trabalha apenas com publicidade estática.
A Gaudium desenvolveu, por exemplo, os aplicativos do jornal “Lance!” para o Campeonato Brasileiro de futebol e o mercado de jogadores de 2012. Esses programas têm apenas um espaço para publicidade, que pode ser compartilhado por até três marcas.
O problema é que esse formato ainda é estritamente baseado na quantidade de usuários do aplicativo. O Vasco tem média anual de 30 mil downloads, e os patrocínios custam entre R$ 40 mil e R$ 50 mil.
“Com esse modelo atual, o aplicativo é feito mais por uma questão institucional do que financeira. Se o clube é pequeno, com poucos torcedores, fica muito difícil criar algo rentável. O modelo de negócio fica complicado”, admitiu Bruno Muniz, sócio-diretor da Gaudium.
Muniz começou a trabalhar com esporte em 2009, quando desenvolveu para consumo próprio um aplicativo que reunia notícias sobre o Fluminense. No ano seguinte, o executivo entrou em contato com o “Lance!” para fazer um produto focado na Copa do Mundo.
A plataforma teve resultados expressivos naquela época, e a Gaudium começou a lançar mais aplicativos focados em times de futebol. Bahia e Vasco fizeram acordos com a empresa para os produtos oficiais desses times.
Além disso, a Gaudium fez o aplicativo do Pan-Americano de 2011 para o “Lance!”, e atualmente desenvolve um produto sobre os Jogos Olímpicos de 2012. Em todos os casos, sempre contando com publicidade para rentabilizar os projetos.
“O que a gente busca é um novo modelo de negócios. Vamos começar a vender itens dentro do aplicativo, mas itens que não sejam físicos. Nosso foco será a comercialização de coisas que tenham a ver com o próprio aplicativo”, completou Muniz.
Outra aposta da Gaudium é uma parceria com o site do jornalista Sidney Rezende. A empresa fornecerá os aplicativos oficiais do portal para 13 clubes de futebol. A meta é que isso gere mídia suficiente para turbinar o faturamento dos produtos.
Fonte: Máquina do Esporte