Mais de cem dias após a morte de Wendel, no centro de treinamento arrendado pelo Vasco, em Itaguaí (RJ), os peritos do Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro divulgaram o laudo da necropsia. Nele, indicaram que o garoto morreu em consequência de uma hipertrofia de fibrose do miocárdio, e também em decorrência de bronquite crônica. Surpreso com o resultado, Antônio Carlos da Silva, pai de Wendel, disse que irá procurar o seu advogado para saber quais providências tomar.
- Para a gente foi uma bomba. Eu não esperava isso. Era um menino que jogava bola desde os 9 anos, nunca reclamou de nada. Não dá para acreditar que foi isso. Ele nunca se queixou de nada. Infelizmente ficamos em uma situação que não dá para acreditar. Não tem nada de nascença. Não estou entendendo. Vou analisar isto e vou entrar em contato com meu advogado para ver o que podemos fazer - afirmou o pai de Wendel, com exclusividade, ao SporTV.
Wendel Junior Venâncio da Silva, de 14 anos, faleceu após passar mal durante uma peneira no centro de treinamento do Vasco no dia 9 de fevereiro.
O presidente do Vasco, Roberto Dinamite, soube do resultado do laudo pela reportagem do SporTV e classificou o ocorrido como fatalidade. Segundo ele, após a morte de Wendel, o clube está tomando todas as precauções para que fatos como este não tornem a acontecer.
- A situação de Wendel é parecida com a de muitos garotos que vêm fazer teste. Acho que foi uma fatalidade. Ele já tinha treinado no dia anterior. Treinou neste dia e aconteceu. Lamentamos isso e vamos continuar o nosso trabalho. O laudo mostra um quadro e, mais do que nunca, estamos nos precavendo para que não venha tornar a acontecer.
- Vamos desenvolver um trabalho com mais perfeição para que eles (jogadores) possam crescer de uma forma sadia e não ter este tipo de problema. Agora, dizer que não vai acontecer é complicado – concluiu o presidente do Vasco.