Há 10 meses no comando do time do Vasco, Cristóvão Borges tem vivido algumas fortes emoções. Ele disputou o título do Brasileiro do ano passado até a última rodada, duas decisões de turno no Estadual e chegou às quartas de final da Libertadores. E os últimos dias têm sido especiais para o treinador. De volta à terra natal justamente no fim de semana de seu aniversário, ele reencontra o Bahia, time do coração, neste domingo, às 17h, no Pituaçu. De presente, espera os três pontos e os 100% de aproveitamento.
Caçula dos quatro filhos da Dona Valdelice, Cristóvão completou 53 anos neste sábado e comemorou a data em um jantar em família, já que todos ainda moram em Salvador. Treinador do único time que venceu as três primeiras partidas, lógico que futebol foi um dos assuntos mais falados durante a celebração. E o comandante do Gigante da Colina saiu da casa de seus parentes com uma certeza.
“Minha mãe é Vitória e sei que ela vai torcer por mim. Agora, meus irmãos torcem para o Bahia e não sei qual lado eles vão escolher (risos). Lá em casa é uma briga por causa dessa rivalidade entre os dois clubes. Meus sobrinhos devem ir ao estádio, também são Bahia, mas disseram que vão para torcer por mim”, brincou Cristóvão, lembrando do início de sua carreira como jogador.
“Passei mais de 15 anos da minha vida no Bahia, mas o curioso é que depois, já como assistente do Ricardo Gomes, trabalhei duas vezes no Vitória”, completou o treinador, que foi revelado pelo Tricolor em 1977.
À frente do Vasco, encarar o clube do coração não é novidade e Cristóvão fez bonito em outubro, em sua 13ª partida após assumir o time. Com gols de Felipe e Diego Souza, o Gigante da Colina venceu por 2 a 0 e se manteve vivo na briga pelo título na competição. O técnico admite ter amadurecido de lá para cá.
“Pessoalmente me sinto mais à vontade no comando do time, pois naquela época o problema de saúde do Ricardo Gomes ainda estava muito recente. Hoje estou mais confiante e tenho tentado dar uma dinâmica ao trabalho”, explicou.
Fonte: Marca Brasil