O fato de não ter um concorrente no grupo às vezes pode deixar o jogador acomodado. Mas, para Alecsandro, a missão de ser o único centroavante no Vasco, aumentou a sua responsabilidade em São Januário. Precauções fora de campo, mudança de hábito e empenho nos treinos, tudo tem ajudado o camisa 9 a encarar a maratona.
Jogador de linha no clube que mais atuou em 2012 — 29 vezes em 32 partidas —, Alecsandro, de quebra, ainda tem conseguido se sair bem e está entre os principais artilheiros do futebol brasileiro na atual temporada.
Com 18 feitos até o momento, Alecsandro, que marcou um golaço de bicicleta na vitó- ria por 1 a 0 sobre a Portuguesa no último fim de semana, foi o artilheiro do Campeonato Carioca com 12 gols e ainda está entre os quatro melhores goleadores de 2012 contando apenas os clubes que disputam a Primeira Divisão do Brasileiro (Neymar com 27 e Felipe Azevedo do Sport e Souza do Bahia com 19, estão na frente).
Para não correr riscos de lesões, o que deixaria o Gigante da Colina sem um homem de referência na equipe, o jogador, que tem 31 anos e é um dos mais velhos do elenco, tem se cuidado. Além de dar atenção especial à alimentação, nos treinamentos, costuma ser um dos últimos a sair de campo, na maioria das vezes acompanhado por um profissional da comissão técnica.
Nem mesmo o fato de o clube não ter pago os últimos dois meses de salário parece preocupar Alecsandro. O atacante, garantiu que nada vai tirar o seu foco nesta temporada e que seu empenho dentro de campo será ainda maior para continuar em boa fase e ajudando o Vasco.
“O nome disso se chama profissionalismo. Sei que, com o Tenorio fora (o equatoriano está machucado e deve voltar apenas em agosto), sou o único centroavante no grupo. Por isso, vou continuar buscando o melhor para o time, pois consequentemente é o melhor para a minha carreira. E não sou o único a pensar assim. Felizmente todos estão unidos”, explicou o camisa 9.
Atacante demorou até para ver golaço de bicicleta Se o assunto é gol, Alecsandro revelou que demorou um dia para assistir o seu lance contra a Portuguesa.
“Fui para Bauru depois do jogo e não vi muita coisa. Ali não da para ter a noção de como foi o gol, nem por onde a bola passou. Vendo a televisão, foi que percebi a plasticidade do lance. Foi muito bonito, mais que imaginava. A jogada vale a pena ver de novo (risos)”, brincou.
Fonte: Marca Brasil