No estádio que é considerado o mais moderno do mundo, a seleção brasileira tenta neste domingo sua nona vitória seguida sob o comando do técnico Mano Menezes. Às 16h06m (horário de Brasília), o time enfrenta o México, no Cowboys Stadium. Se o estádio impressionou a todos, o campo deixou a desejar no treino de sábado.
Inaugurado em 2009, o novo estádio do Dallas Cowboys, time da NFL, a liga profissional de futebol americano, custou US$ 1,3 bilhão. Quase todos os recursos foram públicos. O destaque é o enorme telão de alta definição, o maior do mundo em arenas esportivas e de tamanho similar ao de uma quadra de basquete. Os jogadores da seleção podem estranhar, ainda, o fato de o estádio ser coberto. O calor de um jogo às 14h06m, no horário de Dallas, não será problema. O Cowboys Stadium é climatizado e joga-se a 22 graus.
— Em termos de dependências é maravilhoso. Mas não é específico para futebol e o gramado que é colocado para os jogos deixa frisos entre as placas — disse Mano. — Mas não vai atrapalhar a parte técnica.
— Posso pegar uma gripe — brincou Marcelo, falando da refrigeração e lembrando que jamais jogara num campo coberto.
Com todos os 80 mil ingressos vendidos, a expectativa é que a jovem seleção brasileira seja testada num ambiente mais adverso do que contra os EUA. A imensa maioria será de mexicanos. Ontem, muitos tentavam, sem sucesso, comprar ingressos.
— Tenho dito que, internamente, o ritmo do jogo no Brasil está mais lento. O México pode nos testar no nível de intensidade que se pratica no mundo. É mais time que os dois últimos (Dinamarca e EUA) e costuma jogar bem contra o Brasil — disse Mano. — E haverá muitos mexicanos fazendo um barulho ensurdecedor.
O técnico deve manter o time que venceu os EUA, com Neymar, Hulk e Oscar formando o trio que se aproxima do centroavante Leandro Damião.
Foi contra o México, há oito meses, que Ronaldinho Gaúcho teve seu último brilho na seleção. Perguntado sobre a saída dele do Flamengo, Mano mostrou o quanto o meia se distanciou da seleção. Aparentemente, tanto pela produção quanto pela conduta extracampo.
— Quanto mais vencedora é a trajetória de um jogador, é mais surpreendente e duro quando se aproxima o ocaso da carreira — afirmou. — A expectativa é que a trajetória fosse mais longa pela condição do atleta. Não é só o jogo em campo que é importante. Para que ele seja o mais importante, é preciso fazer coisas paralelas. E alguns deixam de fazer mais cedo.
O México vem de uma vitória nos acréscimos sobre a Bósnia. Autor do gol decisivo, Javier Hernández, o Chicharito, estrela do time e do Manchester United, descartou um duelo particular com Neymar.
— Conheço Neymar, é um grande jogador. Mas todo o time do Brasil tem jovens talentosos. A torcida mexicana vai nos apoiar, nos impulsionar ainda mais em campo — afirmou o atacante. — Não vejo o jogo como revanche (da derrota em Torreón). Estamos nos preparando para as eliminatórias neste momento.
A estrela mexicana não vê o jogo como revanche da derrota para o Brasil, em outubro passado, em Torreón.
— Não vejo a partida assim. Estamos nos preparando para as eliminatórias.
Em 29 jogos contra o México, a vantagem do Brasil é muito grande. São 18 vitórias, seis empates e cinco derrotas. No último amistoso entre Brasil e México, do dia 11 de outubro de 2011, em Torreón, vitória de virada por 2 a 1.
Brasil: Rafael, Danilo, Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro, Rômulo, Hulk, Oscar e Neymar; Leandro Damião. México: Ochoa, Meza, Ayala, Javier Rodríguez e Salcido; Torres Nilo, Savala, Barrera e Guardado; Aldo De Nigris e Javier Hernández.
Fonte: Globo Online