Juninho Pernambucano tem contrato com o Vascoaté 4 de julho e pretende estendê-lo por mais seis meses. Por ora, o craque ainda pensa em jogador futebol. E, de preferência, defendendo o clube de São Januário. Mas após pendurar a chuteira, o meia, de 37 anos, já definiu seu futuro. A menos que uma super proposta do Brasil ou do exterior o seduza, ele quer virar comentarista.
Na noite de quarta-feira, ele comentou a vitória de 4 a 1 do Brasil no amistoso contra os Estados Unidos pelo canal SporTV. Foi a terceira vez que o meia participa de uma transmissão ao vivo. Na Copa do Mundo de 2010, disputada na África do Sul, Juninho atuou como comentarista na partida da França contra os donos da casa, aproveitando sua passagem de oito anos pelo Lyon, clube pelo qual se sagrou heptacampeão, e no jogo Brasil x Portugal – pelo SporTV e pela Rede Globo, respectivamente.
O capitão vascaíno revela que está sempre sendo convidado, mas acaba impedido de exercitar mais sua “nova profissão” em razão da desgastante rotina do futebol. O calendário, sempre às voltas com viagens e concentração, torna-se um grande obstáculo. Para os Jogos Olímpicos de Londres, em julho deste ano, ele foi sondado por mais uma emissora. Se a agenda permitir, é possível vê-lo em ação novamente vestindo terno durante 90 minutos dentro de um estúdio.
“Eu diria que é uma prioridade. Tão logo eu pare de jogar, hoje na minha cabeça penso em me dedicar à carreira de comentarista. A experiência de ontem foi maravilhosa, gostei muito, fiquei à vontade. Penso nisso já faz um bom tempo, e espero pôr em prática no futuro”, disse Juninho, reiterando que ainda quer jogar futebol e não vai encerrar de uma hora para outra sua carreira.
A confissão do meia põe por terra a hipótese ventilada em sua chegada ao Vasco, no ano passado. Falou-se que o jogador emendaria, após dar adeus à carreira de jogador, uma nova fase em São Januário como diretor executivo. Para Juninho, esta etapa como gestor de futebol terá de esperar mais um pouco. Não é simples, conta o meia, ingressar como executivo só porque a vida de atleta foi bem sucedida.
O craque vai além: muitos ex-jogadores não se saem bem como treinadores ou gerentes de futebol porque achavam que ia ser fácil e na verdade não se prepararam adequadamente.
E é este exemplo que ele pretende levar para a nova empreitada. Se tudo ocorrer como ele pretende e surgir um convite no momento certo, o meia promete se dedicar à vida de comentarista. Mas, para isso, já alerta, vai cortar um dobrado para não fazer feio diante da telinha. Cuidados com o sotaque nordestino e aulas de fonoaudiologia já estão na sua lista de prioridades.
“Eu quero ser muito ser comentarista. Mas tenho a consciência de que preciso me preparar muito. Preciso estudar, me dedicar, estar informado, ter uma boa comunicação. Não é fácil, mas vou me preparar bastante”.
Fonte: IG