Com salários atrasados em dois meses, como o restante do elenco, Juninho — que tem por contrato a receber R$50 mil por partida — pediu para não jogar contra a Portuguesa hoje, às 18h30m, no Canindé. Aos 37 anos, perto do fim da carreira e do contrato que se encerra em julho, o meia alegou cansaço e foi liberado após o treinamento da manhã pelo técnico Cristóvão e pelo diretor de futebol Daniel Freitas.
Na temporada, foram 22 jogos, apenas dois fora do estado. Na Libertadores, ele ficou fora de três partidas na primeira fase, no Uruguai, no Paraguai e no Peru. O apoiador justificou que o cansaço adicional de viagens prejudica sua forma e que a recuperação, nestes casos, é mais problemática na sua idade.
Filho de militar, Juninho sempre pregou o profissionalimos fora de campo. Quando girou a camisa no ar na festa do retorno ao Vasco, em junho do ano passado, ele mostrou boa forma, mesmo para um jogador já veterano. O contrato de R$600, com premiações em caso de terminar nas quatro primeiras colocações no Brasileiro e na Sul-Americana, reforçou ainda mais a imagem do ídolo.
O técnico Cristóvão não definiu ainda se entra Carlos Alberto ou Allan na vaga de Juninho, que só pediu para não jogar ontem, depois de um dia de descanso em São Paulo. Segundo o treinador, não havia motivo para o jogador ficar no banco sem as condições físicas ideais.
— A gente está fazendo avaliação para ver quem pode jogar. Alguns melhoraram bastante, como o Alecsandro e o Rodolfo, que vão para o jogo. O Juninho não melhorou o suficiente para participar do jogo — disse Cristóvão, que defendeu o jogador. — Seria um perigo que a gente ia correr se ele jogasse amanhã (hoje).
Sem saldar a dívida dos salários de março e abril, o Vasco deve R$700 mil somente a Juninho. O veterano recebeu por dois jogos de janeiro, mais seis em fevereiro. O clube espera pagar os atrasados até o fim deste mês.
Fonte: Extra