O Fluminense foi melhor na Bombonera e no Engenhão. Mas no futebol, nem sempre o melhor vence. Em uma partida disputada, Flu e Boca Juniors empataram em 1 a 1 e o sonho tricolor de conquistar o título da Copa Santander Libertadores pela primeira vez foi embora. E de forma traumática, após Santiago Silva marcar um gol aos 45 minutos do segundo tempo e empatar o placar.
O lateral-esquerdo Thiago Carleto marcou o gol do Fluminense em cobrança de falta ainda no primeiro tempo.
CARLETO ABRE O PLACAR
O Fluminense começou a partida pressionando o Boca Juniors, como tinha de fazer já que perdeu o primeiro jogo por 1 a 0 na Bombonera. E logo aos quatro minutos, Rafael Sobis fez ótima jogada, mas perdeu o ângulo para o chute e arranjou um escanteio.
Essa seria a tônica da primeira etapa. Pressão do Flu e o Boca se segurando como podia, tentando a ligação direta com os atacantes Silva e Cvitanich.
O Flu ia para cima principalmente com os laterais, que chegavam ao ataque com frequência, porém não iam até a linha de fundo e preferiam cruzar da intermediaria, sem levar perigo ao gol de Orión.
Em um dos lances de ataque do Tricolor, o juiz apitou falta na intermediária. O lateral Carleto ajeitou com carinho e cumpriu o sonho que seu pai teve - de que ele marcaria na partida. Ele soltou a bomba, a bola desviou na barreira e contou com a falha de Orión, que achou que a pelota sairia pela linha de fundo.
O gol explodiu a torcida tricolor que lotou o Engenhão. Empurrado por ela, o Flu continuou a pressão que fez Riquelme, astro dos xeneizes, sucumbir à marcação forte de Edinho.
Aos 30, Thiago Neves - apagado - levou a pior em uma dividida com Roncaglia e saiu para ser atendido. O jovem Wellington Nem chegou a aquecer, mas o camisa 7 voltou, mesmo mancando.
O Boca se segurou até o apito final do juiz Enrique Osses, que teve boa atuação.
GOL NO FIM ACABA COM O SONHO DO FLUMINENSE
Com uma postura completamente diferente, provavelmente após uma bronca do técnico Julio Cesar Falcioni, o Boca Juniors lembrou os velhos tempos no início do segundo tempo. O time manteve a posse de bola e não deixou o Fluminense fazer a mesma pressão imposta no primeiro tempo.
Os argentinos tiveram vários escanteios a favor, mas o sistema defensivo do Fluminense se saiu bem e não sofreu nenhuma chance real de perigo. E mesmo melhor, a primeira chance mais clara da segunda etapa foi do Flu. Aos 16, Thiago Neves cruzou com força para dentro da área, mas Rafael Sobis não alcançou para completar às redes e a bola passou por toda a pequena área.
Com o Boca equilibrando as ações dentro de campo, Falcioni consertou o erro na escalação e colocou Mouche no lugar de Cvitanich. Pouco tempo depois foi a vez de Abel Braga lançar Wellington Nem no lugar do voluntarioso Wágner.
Com as equipes cansadas, a disputa por pênaltis era inevitável. Porém, Santiago Silva apareceu para concluir uma bola chutada por Rivero que pipocava na pequena área do Flu. Gol do Boca e o fim do sonho tricolor de conquistar a Libertadores de forma inédita. Os xeneizes devolveram a eliminação de 2008 com requintes de crueldade.
FICHA TÉCNICA
FLUMINENSE 1 X 1 BOCA JUNIORS
Local: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Data-Hora: 23/5/2012 - 19h30 (de Brasília)
Árbitro: Enrique Osses (Fifa-CHI)
Auxiliares: Francisco Mondría (Fifa-CHI) e Carlos Astroza (Fifa-CHI)
Renda e público: R$ 1.628,740,00/ 31.280 pagantes / 36.276 presentes
Cartões amarelos: Jean (FLU); Orión, Mouche (BOC)
Gols: Carleto 17'/1ºT (1-0) e Santiago Silva 45'/2ºT (1-1)
FLUMINENSE: Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Anderson e Carleto; Edinho, Jean e Wágner (Wellington Nem 29'/2ºT); Thiago Neves, Rafael Sobis (Marcos Júnior 44'/2ºT) e Rafael Moura - Técnico: Abel Braga.
BOCA JUNIORS: Orión; Roncaglia, Schiavi, Insaurralde e Clemente Rodríguez; Rivero, Erbes (Sánchez Miño 34'/2ºT), Erviti (Caruzzo 47'/2ºT) e Riquelme; Santiago Silva e Cvitanich (Mouche 21'/2ºT) - Técnico: Julio Cesar Falcioni.
Fonte: Lancenet