Em 2006, após apenas sete jogos como profissional do Corinthians, Fagner teve seu contrato encerrado com o clube, não renovou e se transferiu para o PSV (HOL). O fato gera polêmica até hoje e, após seis anos do episódio, o pai do jogador, Calisto, apresentou seus argumentos:
– Com 16 anos ele subiu para os juniores e fizeram o primeiro contrato, de um ano e meio. Esse contrato, porém, nunca chegou na minha mão. Eu assinei, depois o cara do RH falou que ia dar para o presidente (Alberto) Dualib assinar e me daria a cópia, mas isso nunca chegou até a mim – disse.
No ano seguinte, segundo seu pai, foi proposto que para Fagner se profissionalizar, teria que renovar o contrato, algo prontamente aceito pelo próprio. Porém, logo depois, a história teria tomado novo rumo:
– Chamaram o Fagner sozinho e disseram que para renovar tinha que emancipá-lo (quando um menor adquire direitos civis, dentre eles um contrato profissional). Achei estranho. Aí questionei isso.
De acordo com Calisto, depois disto, ninguém o procurou:
– Ninguém veio falar comigo. Uma vez um cara do clube me ligou e falei para marcar algo lá. Não era assim, por telefone, com qualquer um.
Ainda segundo o pai de Fagner, quiseram colocá-lo como vilão:
– Das sete partidas, quatro foram fora de casa. Aí vinha um funcionário do clube na minha loja para eu assinar uma autorização. Depois disseram que não renovaram o contrato do Fagner porque eu havia sumido. Como eu me escondi se eles mandavam um funcionário ir lá na loja?
‘Fizeram a cachorrada com o clube e nós que saímos como vilões’
De acordo com Calisto, pessoas que trabalhavam no próprio Corinthians teriam feito uma tramóia para lucrar com a saída de Fagner para o PSV (HOL).
– Colocaram por trás outras pessoas, aí nos levaram a um empresário. O Fagner foi vendido para o PSV e o Corinthians ficou de fora – declarou, para destacar:
– Não vou citar nomes pois não tem como provar, mas teve gente lá de dentro que ganhou dinheiro em cima do Fagner sem nós sabermos. Eles fizeram a cachorrada com o Corinthians e nós que saímos como vilões.
O pai do lateral, porém, faz questão de frisar que não há mágoas nem dele e nem do jogador com o Timão:
- O Corinthians é um clube, uma entidade, mas lá dentro tem pessoas que trabalham. Por qual motivo vamos ter mágoas do Corinthians? Nós somos muito gratos, pois foi um clube que apoiou e que criou o Fagner, afinal, ele ficou oito anos lá. Agora, as pessoas que trabalharam lá dentro...
Calisto imagina até que na administração passada, de Andrés Sanchez, seria diferente:
- Se o Fagner estivesse lá na gestão do Andrés, ele não tinha saído. Ele (Andrés) parece ser um cara transparente e que trabalhava para o clube.
A reportagem tentou entrar em contato com dirigentes do Corinthians da época, mas não obteve resposta.
Fonte: Lancenet