Se o Corinthians não tem um autêntico camisa 9, nem por isso o ataque deixa de incomodar as defesas adversárias. É esse o pensamento do lateral Fagner, do Vasco, para o confronto desta quarta-feira, no Pacaembu, que vale vaga nas semifinais da Copa Libertadores da América. Para o jogador vascaíno, toda atenção é pouca, principalmente em relação à movimentação de Emerson pelo setor.
"Tem que ser (uma marcação) por setor e (com) muita conversa, tem que estar muito atento nessa situação, porque é um jogador inteligente", destacou Fagner. "Ele é rápido e forte, em um descuido pode achar alguém ou carregar a bola para fazer o gol", completou.
Além da atenção, a calma, na opinião do lateral, será fundamental para que o Vasco controle o ritmo de jogo corintiano e consiga a classificação. "Temos que ser inteligentes e saber jogar o jogo. Ter essa tranquilidade para atuar fora de casa com uma equipe grande como o Corinthians pode ser fundamental para que a consigamos a vaga", destacou.
Fagner teve boa atuação na partida da semana passada, em São Januário, apoiando bastante o ataque em parceria com Eder Luiz - após ter oscilado em algumas partidas no ano e ser cobrado pela torcida. "Eu tenho uma autocrítica muito grande, procuro assistir aos jogos para saber onde errei e tento sempre melhorar. Acontece, vim em uma crescente e dei mesmo essa oscilada", concordou.
"Mas o próprio jogo com o Corinthians mostrou que não foi uma coisa permanente, é algo que está voltando ao normal e confio muito no meu trabalho nesse sentido", completou Fagner, cujo contrato vence no final do ano, fato que acabou sendo combustível para boatos de que ele estaria insatisfeito no clube. "Quem falou falou demais, até porque o meu empresário sempre tranquilizou em relação a isso, sempre me deixaram tranquilos para fazer o meu trabalho", explicou.
Vasco e Corinthians se enfrentam na noite desta quarta-feira, às 22h (de Brasília), no Pacaembu. Quem passar dessa fase enfrentará o vencedor do duelo entre Santos e Vélez Sarsfield, da Argentina. Por mais que tenha a vantagem do empate com gols, Fagner analisa que esse "é um plano secundário, apenas para os 40min do segundo tempo, porque a intenção é jogar para vencer".
Para isso, terá que vazar a defesa que sofreu apenas dois gols em nove jogos no torneio sul-americano, ambos fora de seus domínios. Ou seja, no Pacaembu, a defesa paulista está invicta. "É um time muito bom, todos os jogadores se preocupam em marcar, é a evolução do futebol. Quando você joga com 11 jogadores atrás da linha da bola é difícil, você tem que criar modos para furar isso, é dessa forma que a gente tem que procurar furar esse bloqueio durante a partida", finalizou o lateral vascaíno.