O goleiro Fernando Prass foi decisivo na partida de domingo, em São Januário, contra o Grêmio, ao defender um pênalti cobrado por Marcelo Moreno. O Vasco, mesmo com uma formação mista, venceu por 2 a 1, estreando com pé direito no Campeonato Brasileiro. Um dia depois de deixar o campo como herói, após saltar no canto direito e espalmar o chute do jogador adversário, o goleiro não escondia a irritação com as críticas.
Prass esperava receber elogios pela defesa, mas acabou questionado pela fama de não defender pênaltis. Ou seja, o feito do fim de semana, para alguns críticos, soou como sorte. Nesta segunda-feira, o goleiro respondeu as insinuações sobre o seu aproveitamento no gol do Vasco.
“Fico irritado quando alguém fala alguma coisa descabida. Tipo: ‘Ah, o cara telegrafou (a cobrança)!’. Ué, qual o sintoma que ele usaria para telegrafar? Inclinação do corpo? Olhou para o lado que cobraria? Depois que acontece é fácil falar. Mas é muito complicado provar isso”, resmungou Fernando Prass, completando:
“Acontece um pênalti a cada dez jogos. E em cada jogos existem dez situações de perigo de gol. Para que eu vou preparar mais? Não que eu não treine defesa de pênalti, mas há fundamentos mais importantes para um goleiro do que isso”.
Sobre a defesa, o goleiro vascaíno revelou ter assistido às duas últimas cobranças do jogador gremista. Só que domingo Prass teve uma intuição que Moreno bateria do outro lado. E foi o que aconteceu.
“Ele tinha batido duas vezes do outro lado. Mas observei que o goleiro havia se mexido. Ontem, não! Fiquei parado. Não mexi e achei que ele mudaria de canto. Tive sorte e peguei a cobrança”, explicou o goleiro.
Fonte: IG