Com a defesa de um pênalti batido por Marcelo Moreno, Fernando Prass garantiu a vitória do Vasco por 2 a 1 sobre o Grêmio, no último domingo, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Mas futuramente, ele poderá ajudar a equipe do outro lado, enfrentando diretamente seus colegas de posição. O goleiro vem intensificando os treinamentos como cobrador de penalidades no dia a dia em São Januário. No entanto, garante não ter a intenção de tornar-se uma das primeiras opções da equipe, apesar de já ter vivido algumas experiências positivas, ainda no início da carreira.
- Quando era dos juvenis do Grêmio, bati alguns pênaltis e fiz os gols. Mas os meus treinos aqui no Vasco são mais por precaução. Muitas vezes, numa decisão por pênaltis as cobranças se alternam muito e o goleiro precisa bater. Em outras, há jogadores machucados que não têm condição. Quero estar preparado quando for preciso - explicou.
Saber o que passa na cabeça de um goleiro que vai pegar uma cobrança de pênalti é um trunfo de Fernando Prass. Ele sabe bem disso porque diz ter sido ele o primeiro a defender uma batida de Rogério Ceni, considerado um especialista no fundamental. Aconteceu na vitória do Coritiba por 3 a 2 sobre o São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro de 2004.
- O Rogério havia batido dois pênaltis no mesmo canto num jogo do São Paulo pela Libertadores. Eu assisti e apostei que ele mudaria o canto naquele momento. Felizmente acertei, mas ao mesmo tempo entendo que é algo complicado, tanto para o batedor quanto para o cobrador - explicou.
Embora tenha uma média de defesa de pênaltis considerada baixa em sua passagem pelo Vasco (quatro em 39 cobranças), Fernando Prass vem de dois sucessos – a disputa contra o Lanús, pelas oitavas de final da Libertadores, e a vitória sobre o Grêmio. Mesmo com a confiança em alta, ele acredita que não precisará lançar mão de sua habilidade nesta quarta-feira, contra o Corinthians, pelas quartas de final da Libertadores. A vaga será decidida nos pênaltis se a partida terminar empatada em 0 a 0, mesmo resultado do jogo de ida.
- Realmente a partida começa com essa situação de disputa de pênaltis. Mas pelos dois times, pelo jogo que imagino, será difícil terminar novamente em 0 a 0. É o meu sentimento. Na primeira partida, os times tiveram um pouco mais de cuidado. Na segunda, à medida que o tempo passa, um gol pode definir. Claro que vamos levar os pênaltis com consideração e treinar, mas acho que não chega a isso - observou.
Fonte: GloboEsporte.com