Quando Vasco e Grêmio pisarem no gramado de São Januário, neste domingo, às 18h30m, na estreia do Brasileirão, o sentimento de nostalgia vai tomar conta de todos os cruzmaltinos. Há exatos cinco anos, ali mesmo, na Colina histórica, Romário marcava, diante do Sport, o milésimo gol de sua carreira, eternizando seu nome entre os maiores artilheiros do futebol mundial de todos os tempos. De lá para cá, inúmeros artilheiros entraram e saíram do clube, mas nenhum deles chegou perto do poder de fogo do Baixinho da Vila da Penha.
— Dificilmente veremos alguém como o Romário de novo em campo. Hoje, não existe. O faro de gols, o posicionamento e aquela sorte característica são únicos dele. Tive a felicidade de participar dessa história como coadjuvante. Não tem preço. Após o gol mil, fui o primeiro a beijar a careca do craque — brincou André Dias, que, na ocasião, fazia dupla de ataque com o Baixinho, e hoje, aos 31 anos, se recupera de uma cirurgia no joelho direito, sonhando disputar o Brasileirão deste ano por algum clube das Séries A ou B.
Os vascaínos, no entanto, não serão os únicos no estádio que terão motivos para se lembrar do eterno camisa 11. Se, o "privilégio" de sofrer o gol mil de Romário caiu no colo do Leão da Ilha do Retiro, foi justamente o Grêmio, o adversário de logo mais, quem acabou "agraciado" com a última vez em que o Baixinho balançou as redes adversárias. No dia 9 de junho de 2007, também em São Januário, o Vasco venceu o Tricolor Gaúcho, por 4 a 0, com dois gols do ex-atacante:
— A superação do Romário é a maior lição que eu tiro para a minha carreira. Ele se sacrificou muito para atingir essa marca. Sentia dores na panturrilha, mas, mesmo assim, não desistiu. Não esqueço desse jogo. Fiz um gol e quase ofusquei ele. Mas sabe como é, né... Ele fez dois.
Fonte: Extra Online