Felipe sabe muito bem o que Liedson está passando no Corinthians. Declaradamente um “fominha de bola”, vem amargando a reserva há duas rodadas. A cara de poucos amigos no banco traduz bem a angústia que o Maestro vem tendo por não poder ajudar mais do que gostaria. Em comum ao corintiano, a condição de ídolo e a preferência na enquete popular.
Em enquete realizada na internet, o LNET! perguntou se o camisa 6 deveria ser titular do Vasco contra o Corinthians, quarta-feira, pela Libertadores. Até o fechamento da edição, 72% votaram no “sim”. Ele não poderá jogar na estreia do time no Brasileiro, amanhã, contra o Grêmio, por estar suspenso por dois jogos.
A popularidade de Felipe pôde ser traduzida até em um episódio negativo, na partida contra o Lanús (ARG), em São Januário, quando foi substituído e, imediatamente, o técnico Cristovão Borges passou a ser bastante vaiado, tendo sido, inclusive, protegido pelos jogadores na saída de campo.
A opção do treinador por deixar o Maestro no banco é de ordem tática. Tanto no jogo de volta contra os argentinos como diante do Corinthians, Cristovão priorizou a marcação, deixando Juninho no time e escalando o volante Nilton.
Como de costume, o treinador não dá pistas para o jogo decisivo da próxima quarta-feira.
– Se fosse pensar em escalar um time de acordo com os pedidos da torcida, eu teria que escalar um time com 14 jogadores. Vou pensar nisso só depois de domingo (amanhã), após saber a situação de todos os nossos jogadores. Mas claro que vou analisar com muito carinho essa situação – declarou o comandante cruz-maltino.
Das 29 partidas que o Vasco disputou na temporada, o meia Felipe participou de 20 e foi titular em apenas 13 oportunidades.
Amizade fora de campo
Apesar da cara emburrada em algumas substituições ou até mesmo quando está no banco, Felipe mantém uma relação de amizade com Cristovão que extrapola as quatro linhas. Ambos se conhecem desde 2004, quando defendiam o Fla (Ricardo Gomes era o treinador na época), e costumeiramente têm animadas conversas.
Apesar de não admitirem publicamente, o meia é uma espécie de auxiliar do treinador dentro de campo. Fora, costumam disputar partidas de futevôlei.
– Ele (Felipe) é muito chato (risos), mas também é meu fã. Implica muito comigo. Tenho 52 anos, mas digo que sou tão moderno quanto ele e ele não admite isso e fica querendo me denegrir falando da minha roupa. Mas temos uma relação legal – se diverte Cristovão Borges.
Fonte: Lance