Com a presença de Anderson Martins no Rio, surgiram notícias do interesse de clubes brasileiros em trazer o jogador para o Vasco.
O zagueiro foi vendido pela Traffic às vésperas de Vasco x Flamengo, o clássico em que Ricardo Gomes sofreu o AVE que o tirou do comando técnico do Vasco até hoje.
Em entrevista ao repórter Marcelo Figueiredo, da Super Rádio Brasil, o zagueiro fala sobre Vasco, Fluminense e Seleção Brasileira:
- Vim aqui no Rio resolver algumas coisas, porque acabei saindo daqui um pouco rápido, não deu tempo para resolver. Estou de férias aqui e vim rever os amigos.
Situação contratual no Qatar:
- Tenho mais três anos de contrato lá. Vamos ficar mais ou menos um mês de férias e vou aproveitar esse tempo para ver a família e descansar, porque estava há um tempo sem ter tido ferias.
Possível volta para o Vasco:
- É uma coisa que não depende muito de mim. Tenho um contrato com o clube. Vontade eu tenho de voltar a esse clube onde fui muito feliz. Apesar do pouco tempo, eu me identifiquei bastante com o Vasco. Espero, no momento certo, voltar e terminar a história que comecei aqui no Vasco. Tenho saudade de todos, sempre acompanho o clube lá de fora. Tenho contato com a maioria dos jogadores. Fico feliz pelas amizades que fiz e pelo bom trabalho que fiz aqui no Vasco.
Dedé carregava Anderson Martins ou vice-versa?
- Não, ninguém carregava ninguém, não (risos). Ficamos felizes porque foi uma dupla que deu certo. A gente se entendia dentro e fora de campo. Isso ajudava nosso trabalho dentro de campo. Foi muito bom jogar ao lado do Dedé. Fico feliz pelo sucesso que ele está conquistando, conseguindo manter seu nível de atuação. Desejo que ele continue crescendo. Com certeza ele tem muito futuro pela frente.
Anderson Martins foi procurado pelo Fluminense?
- A mim não. Não houve nenhum contato. O que saiu foram só especulações por conta do mercado estar se abrindo agora. É natural. Até agosto, quando se encerra a janela, vai haver especulações.
Anderson Martins acha que sua saída tinha que ser do jeito que foi?
- Foi uma decisão que eu tive que tomar um pouco rápido. Claro que doeu bastante quando decidi sair daqui do clube. Deixei bem claro que meu desejo era ter continuado até o final do ano e poder ter ajudado o Vasco a conquistar o brasileiro, mas infelizmente as coisas aconteceram de num momento em que eu teria que tomar uma decisão. Muitas pessoas falam que ficaram tristes. Eu também fiquei muito triste, mas era uma decisão que não envolvia só a minha opinião, mas envolvia também minha família. Era o lugar para onde eu deveria ter ido. Claro que eu poderia ter ficado mais tempo, mas brinco com as pessoas que essa proposta tinha que ter vindo no final do ano. Eu terminaria meu ciclo aqui no Vasco e poderia ter sido mais feliz do que o que já fui aqui. Mas acho que as coisas acontecem pela permissão de Deus e quero um dia voltar e terminar minha história aqui no Vasco.
Se Anderson pudesse escolher: Qatar, Europa ou Rio?
- Meu ciclo no Rio foi muito feliz e quando a gente é feliz num lugar, nunca se esquece. Claro que tenho conta de voltar a jogar no Brasil. Tem Copa do Mundo em 2014, e é claro que tenho meus objetivos pessoais. É uma coisa complicada, mas se eu pudesse decidir, estaria jogando no Brasil.
Anderson acredita no Vasco para passar pelo Corinthians?
- Acredito, sim. Fui visitar meus amigos no hotel. Fiquei muito feliz de poder abraça-los e desejar-lhes boa sorte e dizer que eu estava torcendo. Espero que o Vasco continue nessa crescente a cada ano que passa. Espero que essa classificação venha no próximo jogo.
O que pesaria mais? Amizade com Dedé ou trabalhar com Rodrigo Caetano?
- Com o Rodrigo eu tive uma amizade muito grande. Às vezes as pessoas especulam meu retorno ao Brasil e que eu possa ir para o Fluminense. Graças a Deus conseguimos fazer um bom trabalho quando ele era gestor do Vasco. Não tive nenhum contato com ele em relação à especulação de eu ir para o Fluminense.
Com todo o seu talento, Anderson Martins não está meio escondido no Qatar?
- Elogio, é? (risos). Todo mundo fala que eu poderia estar jogando em outro local, mas são as coisas do futebol. No mundo do futebol a gente hoje está num lugar, amanhã no outro. Tenho meus objetivos e espero um dia realizá-los.
Fonte: Supervasco