O zagueiro Dedé não atuará em nenhum dos dois confrontos do Vasco da Gama contra o Corinthians pelas quartas de final da Copa Libertadores da América. Ausente do primeiro jogo na quarta-feira, um 0 a 0 no Rio de Janeiro, o jogador ainda se recupera de um edema ósseo na fíbula da perna esquerda e já sabe que não poderá estar em campo na volta.
"É uma lesão óssea, meio chata, mas é a única lesão que eu tive. Depende do organismo, de descansar. Depende mesmo de a dor ir diminuindo", disse Dedé nesta quinta-feira, durante a gravação do programa Altas Horas, da Rede Globo.
O defensor apontou o excesso de partidas pelo Vasco como causador do problema. "Foi excesso de jogo, três anos seguidos jogando. Estavam me comparando com o Fernando Prass", brincou ele, que não atua pelo Vasco na Libertadores desde o duelo fora de casa contra o Alianza Lima, no início de abril. Na ocasião, o time carioca venceu por 2 a 1.
O defensor ainda se lembrou de outro episódio da Libertadores de 2012, mas com um semblante mais desgostoso. Em 14 de março, no confronto fora de casa contra o Libertad pela quarta rodada da fase de grupos, Dedé foi ofendido pela torcida com insultos raciais. Na ocasião, o atleta foi categórico: "tenho muito orgulho da cor que tenho e de ser brasileiro".
"É uma palhaçada quando tem isso sobre negros. Eu sofri no Paraguai, me chamaram de macaco - eu e outros companheiros de cor", disse Dedé, lembrando o incidente do empate por 1 a 1 e pedindo punição para torcedores que se envolvem em problemas semelhantes. "Os caras que fazem isso deveriam ser crucificados, para mim", afirmou.
Apesar do discurso sério, Dedé adotou outro tom ao pedir calma para os torcedores que comparecerem ao duelo da volta contra o Corinthians. "Violência não leva a nada. Futebol bonito está dentro de campo, o torcedor está ali para apoiar", declarou o zagueiro.
Fonte: Jornal do Brasil