Vasco e Corinthians iniciam nesta quarta-feira, às 21h50, em São Januário, a disputa por uma vaga nas semifinais da Copa Libertadores. Times de características bem definidas, os campeões nacionais do ano passado apostam mais do que nunca em seus pontos fortes para sair em vantagem no duelo. O dono da casa confia nos medalhões Alecsandro, Diego Souza e Juninho. Por sua vez, o visitante paulista deposita as suas fichas em uma eficiência tática comprovada a cada jogo.
Campeão da Copa do Brasil e vice-brasileiro em 2011, o Vasco é um time que mudou pouco da conquista até a fase atual, mas segue dependente dos seus medalhões. Como boa parte do grupo é formada por garotos, alguns jogadores têm papel primordial no elenco, casos de Alecsandro, Diego Souza e Juninho. Experientes, sabem que precisam chamar a responsabilidade na hora da decisão. Nesta Libertadores, os três marcaram oito gols de um total de 13 até as quartas de final. Além do trio, Felipe é mais um personagem importante na engrenagem e na missão que envolve diminuir a ansiedade dos jovens.
Confiando nos medalhões e nas eficientes bolas paradas de Juninho, o técnico Cristóvão Borges não confirmou o time titular. No entanto, existe a tendência de que o volante Nilton inicie a partida. Felipe e Juninho disputam uma vaga no meio de campo. Como as duas equipes se conhecem bem, o treinador vascaíno não acredita que possam ocorrer surpresas de qualquer um dos lados.
“Não tenho como surpreender. Um vê o jogo do outro o ano inteiro. Os times têm padrões definidos. Corinthians e Vasco têm 80% dos elencos que conquistaram títulos no ano passado. Surpreender é difícil, mas existe o momento do jogo. Depende muito do estado de alguns jogadores. O equilíbrio vai pautar, mas, às vezes, alguém faz a diferença. Também é um jogo que pode ter muitas emoções ou ser truncado até o fim”, afirmou.
Por sua vez, o Corinthians não dá show, mas é eficiente. Foi desta forma que conquistou o pentacampeonato brasileiro no ano passado, com uma marcação forte (uma média próxima a 140 desarmes por rodada, contra 113 do vice-campeão Vasco) e a melhor defesa do certame (36 gols sofridos). Uma obediência tática reconhecida.
Como a base da equipe foi mantida, já que a diretoria não negociou nenhum titular, o estilo de jogo da equipe de Tite acabou preservado. Em oito partidas na Libertadores, o Timão levou apenas dois gols. Além disso, é o único invicto do torneio e tem cumprido a receita de empatar fora e vencer no Pacaembu.
Os corintianos não escondem que um empate no Rio de Janeiro será bom resultado. “Nada vai ser definido agora, então o placar tem quer ser favorável, e um empate não deixa de ser”, observou Alex.
O goleiro Cássio conhece bem a forma de seu time jogar e mostrou boa percepção do estilo de jogo adversário. “O Vasco tem muita qualidade, uma bola parada forte, com grandes jogadores e cobradores. Temos que tomar cuidado com tudo porque é um time muito perigoso”, concluiu.
Tite adotará uma formação tática que deu certo no último Brasileiro, quando as duas equipes empataram por 2 a 2 em São Januário, resultado que agradou ao Corinthians. O treinador optou por jogar sem um centroavante de origem, já que Liedson vive má fase e o meia Alex atuará ao lado de Danilo no meio de campo, com Jorge Henrique e Emerson Sheik abertos pelas pontas do ataque.
Fonte: UOL