A disputa pelo título brasileiro ano passado aproximou tanto Vasco e Corinthians que os treinadores dos dois times conhecem bem seus adversários. No entanto, Cristóvão Borges leva uma pequena vantagem sobre Tite. Ex-jogador do Timão na década de 80, ele sabe que a pressão sobre o time visitante será grande, ainda mais pelo fato de não ter conquistado a Libertadores.
Em 1986, Cristóvão chegou ao Parque São Jorge após passar pelo Atlético-PR. No Corinthians, ele, que atuava como apoiador, mas também sabia desempenhar a função de primeiro ou segundo volante, pegou um time em reformulação, já sem Sócrates e Wladimir, por exemplo. Mesmo assim conseguiu se destacar, ao lado de jogadores como Casagrande e Biro-Biro.
Após duas temporadas, dois jogos com boas atuações de Cristóvão ficaram na memória dos torcedores. Um contra o Internacional, pelo Brasileiro, com direito a golaço, e o clássico com o Palmeiras, no primeiro jogo da semifinal do Paulistão de 1986. Neste último o atual treinador do Vasco marcou o único gol após total domínio do adversário — os palmeirenses até hoje reclamam muito da arbitragem.
Por isso, o comandante do Gigante da Colina entende o que passa pela cabeça dos atuais jogadores do Timão. Segundo ele, tudo toma uma proporção muito maior no Corinthians.
“Todo jogador que atua lá sofre uma pressão o tempo inteiro. É algo diferente, que não vi em outro lugar. É intenso e grande. Por isso, o clube conquistou muita coisa ao longo de sua história, mas deixou algumas coisas para trás no caminho”, afirmou.
Se o Corinthians tentará aproveitar a impaciência da torcida do Vasco hoje à noite em São Januário, o Vasco, de acordo com o seu treinador, poderá devolver na mesma moeda na partida de volta, no Pacaembu, semana que vem.
“A torcida empurra até o fim, mas cobra demais do time. É um fator que podemos explorar. No entanto, ainda é cedo para pensar nisso, pois vamos atuar em São Januário. Essa estratégia ficará para o duelo da próxima quarta-feira”, afirmou.
Fonte: Marca Brasil