Nos dias que antecedem ao duelo entre Vasco e Corinthians, nesta quarta-feira, às 21h50, em São Januário, pela partida de ida das quartas de final da Copa Libertadores, o discurso envolvendo pressão da torcida cruzmaltina e temor com possível sufoco para chegar ao estádio deram o tom das declarações corintianas. Em um jogo repleto de rivalidade, mas decidido dentro das quatro linhas, coube ao atacante vascaíno Alecsandro diminuir o fator extracampo e chamar atenção apenas para o "campo-bola".
“Em primeiro lugar, pressão não ganha jogo. O que ganha é jogar bem. Pressão ajuda, atrapalha, incendeia, mas não decide. Cada jogador reage de uma forma. Se pressão ganhasse jogo, o Boca Juniors não teria perdido para o Fluminense na Bombonera. Sabemos como é difícil jogar lá. É claro que o torcedor do Vasco vai nos apoiar, mas ninguém vem com o objetivo de machucar jogador adversário, essas coisas... É importante o apoio do torcedor. A nossa torcida vai fazer o seu papel. Vamos tentar fazer a diferença com essa empolgação”, afirmou o camisa 9.
Artilheiro do Vasco na temporada, Alecsandro sabe que a responsabilidade será ainda maior em um jogo decisivo e no qual o time precisa conseguir uma vantagem para a partida de volta. “Temos responsabilidade em todos os jogos. Sabemos que a responsabilidade aumenta, mas precisamos estar preparados e concentrados para corresponder. Não adianta ficar só com isso na cabeça”, concluiu.
O Ministério Público considera a partida de alto risco. O histórico recente de violência entre as torcidas contribuiu para o parecer. Por isso, a promotoria paulista sugeriu e as caravanas dos torcedores visitantes serão acompanhadas pelo MP nos dois jogos. A proteção aos corintianos será reforçada e a Polícia Militar do Rio de Janeiro afirmou que irá reagir com tiros, caso seja necessário.
Sempre sereno, o técnico Cristóvão Borges torce para que não ocorra qualquer episódio de violência entre as torcidas. “Esperamos que nada aconteça e possamos aproveitar para fazer um grande espetáculo. As torcidas são vibrantes e desejamos que todos torçam por seus clubes. Trabalhamos diariamente apenas para isso”, encerrou.
Fonte: UOL