Dedé: 'Vivo esses dias como um torcedor fanático'

Dedé faz mais um exame nesta segunda-feira, que pode ser determinante para seu retorno ao time, pelo menos para a segunda partida das quartas de final da Copa Santander Libertadores, contra o Corinthians, no dia 23. Enquanto isso não acontece, ele segue na torcida, algo que, confessa, não tem sido nada fácil.

Nesta quarta-feira, assim como no primeiro jogo contra o Lanús, Dedé irá até a concentração do time e participará da corrente no vestiário. Mas, depois, sem poder entrar no gramado, seguirá para a arquibancada e será mais um vascaíno na torcida.

– Meu apoio eles sempre terão. Torcerei como nunca, já falei que vou estar com eles. Vivo esses dias como um torcedor fanático, empurrando o time sempre – ressaltou o zagueiro e torcedor Dedé.

O jogo contra o Lanús, na última quarta-feira, Dedé acompanhou atentamente pela TV. Assim como todos os torcedores, sofreu muito com as penalidades.

– Pênalti já é um sofrimento em qualquer situação. Ficar na torcida apenas, de casa, é pior ainda (risos). Assisti ao primeiro tempo do meu apartamento, depois, o segundo vi com alguns amigos. Mas estava muito confiante - disse ele.

A vibração e o sofrimento de Mito da Colina como torcedor podem ser facilmente notados através de seus comentários no Twitter. Ele vibra a cada gol e sempre parabeniza seus companheiros ao término das partidas.

Mesmo se dizendo um fanático torcedor, Dedé não vê a hora de voltar aos gramados. O exame desta segunda-feira ainda não dará a certeza de sua presença na segunda partida diante do Corinthians, mas pode servir para liberá-lo para as atividades no campo. Com isso, o retorno dependeria o andamento dos trabalhos com a preparação física. Se a dor sumir, o Mito vai para o jogo.

- Faremos essa nova avaliação e dependemos ainda do resultado. Se houver uma melhora, ele pode ser liberado, dependendo, assim, de sua preparação física - falou o médico do clube, Fernando Mattar.

‘A zaga está tranquila’

Apesar das críticas da torcida à zaga em algumas partidas, Dedé mostra grande confiança no setor. Segundo ele, Rodolfo e Renato Silva vêm mostrando um grande crescimento, ganhando entrosamento no decorrer dos jogos.

- Fico feliz pelo grupo, está crescendo. A nossa zaga tem feito boas partidas, está crescendo muito, se mostrando muito tranquila nos últimos jogos. Renato e Rodolfo são grandes jogadores, confio demais neles - disse.

Renato Silva já vinha sendo titular ao lado de Dedé. Com a ausência do Mito, Rodolfo, que não teve bom início na Colina, vem ganhando chances na defesa.

BATE-BOLA COM DEDÉ

Como tem sido ficar na torcida nessas últimas semanas?

Por um lado tem sido difícil para mim, pois desde 2010 que eu vinha em atividade, jogando em sequência. Aí fica essas semanas parado... É difícil. Mas estou muito feliz pelo time, que está muito bem, conquistou a classificação. Estou sempre na torcida. Venho tendo um grande apoio, da comissão técnica, dos médicos e dos companheiros para meu psicológico estar sempre bom até eu voltar a jogar.

Mas você está sempre ao lado do grupo, não é? Contra o Lanús, foi até o vestiário, instantes antes do início da partida...

Eles sabem que podem contar comigo. O Vasco se tornou uma grande família. Gosto de estar com eles. Fui ao hotel naquele dia, conversei com eles na concentração, depois fui para o estádio e fiquei no vestiário. Passo confiança a eles.

E contra o Corinthians, nesta quarta-feira, fará o mesmo?

Sim. Depois vou para a arquibancada torcer como nunca, como fanático (risos).

Mas e do convívio, nas viagens, por exemplo, sente falta?

Demais. É normal, às vezes, o jogador não gostar de concentração. Mas eu estou sentindo muita falta, de estar com eles, da zoação. É como eu disse: o Vasco se tornou uma verdadeira família.

E quem sente mais falta? É quem divide o quarto com você?

Quem divide o quarto comigo é o Fellipe Bastos. Ele ficava reclamando, que estava que nem cigano, sempre trocando de companheiro de quarto (risos). Cada dia com um. Agora parou de reclamar. Acho que parou de sentir minha falta.

MEMÓRIA

Sacrifício
O último jogo de Dedé foi contra o Alianza, em Lima, no dia 3 de abril. Ele atuou no sacrifício e saiu de campo mancando.

Fora
Dias depois, já no Rio, fez exame de imagem, que apontou um edema ósseo na fíbula da perna esquerda, com tempo de retorno entre três e quatro semanas.

Má notícia
Três semanas depois, o Mito fez novo exame. Para infelicidade, não houve, até então, uma grande redução do edema. Por isso, seguiu tratamento.

Esperança
Há agora a esperança de sua liberação para o segundo jogo contra o Timão. Depende do exame desta segunda-feira.

Fonte: Lancenet