Roberto Dinamite leu nos últimos dias que o Vasco é freguês do Corinthians. Mas, para ele, a melhor lembrança é a dos cinco gols em cima dos paulistas há 22 anos. Na véspera do clássico que vai levar um dos dois times às semifinais da competição, o presidente fala em entrevista ao Jogo Extra que não quer novas vaias a Cristóvão, como aconteceu no último jogo em São Januário. Contra o Lanús, a torcida não concordou com a substituição de Felipe e perseguiu o treinador até o fim da partida, que terminou 2 a 1 para o Vasco.
Contra o Lanús, foram vaias em casa. Espera outro comportamento do torcedor?
Claro que o torcedor paga ingresso e tem todo direito de se expressar, de falar, de vaiar, mas ele tem que vir para nos dar apoio. Os nossos jogadores precisam se sentir em casa. Não pode acontecer de novo (o que houve contra o Lanús). Quem tem que sentir o peso da nossa torcida são os jogadores corintianos. Vaiar só atrapalha. Nós estamos na briga, vamos lutar contra todo mundo de novo e o que não podemos é brigar com nossa própria torcida.
Há quem considere o Corinthians favorito. Até o Juninho falou isso. E o Vasco vai estar sem o Dedé no primeiro jogo...
Vai ser um duelo que vai mexer com todo mundo. Para mim, mexe até com meu passado, dos meus (cinco) gols contra o Corinthians, quando voltei da Espanha. Mas o que vale agora é o presente. No máximo, o que posso fazer para ajudar é passar o vídeo dos meus gols naquele jogo no Maracanã, no 5 a 2 (risos), mas quem vai decidir tudo são os jogadores dentro de campo. De qualquer forma, penso que falando antes da partida ninguém vai ganhar nada. Se Deus quiser, vamos conseguir fazer um bom jogo, um bom resultado em São Januário e vamos atrás da classificação jogando lá em São Paulo.
O Vasco perdeu o Brasileiro do ano passado para o Corinthians, a Copa do Brasil nas semifinais de 2009 também. Antes, ainda teve o Mundial de 2000 no Maracanã. Eles estão engasgados na garganta dos vascaínos?
Na Copa do Brasil (de 2009) o Vasco foi prejudicado. Mas isso já passou. Agora, outra coisa é o que a gente acompanha. Um jornal em São Paulo chegou a colocar na capa que o Vasco é freguês deles... Falam essas coisas. Mas eles podem ter certeza que nós estamos guardando tudo isso. Sem sombra de dúvida, esse tipo de coisa só vai servir para nos motivar ainda mais para o jogo. Estamos muito focados nesse confronto e vamos trabalhar fim de semana e nos dias antes do jogo para fazermos um grande jogo em São Januário.
O senhor comentou do erro na partida da Copa do Brasil há três anos. A arbitragem é uma preocupação para esse jogo?
Eu só espero que tenhamos uma arbitragem tranquila. Ou seja, que o juiz não apareça na partida, que os jogadores façam o espetáculo. São dois grandes times, todos os dois muito focados e se só eles aparecerem nós já sabemos que o árbitro foi bem.